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    Guedes vai entregar proposta da reforma administrativa à Câmara na quinta (03)

    Durante a participação na comissão mista do orçamento para a Covid-19, ministro ressaltou importância de não criar nenhum gasto permanente

    O ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente do Senado Davi Alcolumbre
    O ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente do Senado Davi Alcolumbre Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil (20.ago.2019)

    Durante participação na audiência da comissão mista do Congresso desta terça-feira (1º), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que vai enviar a proposta de reforma administrativa para votação nesta quinta-feira (3).

    “Nós precisamos muito dessa ajuda do Congresso, não só como está acontecendo agora, de acompanhamento, mas para aprovar as reformas, destravar os investimentos e fazer o país a voltar a crescer”, disse Guedes.

    Em sua fala inicial, o ministro explicou suas declarações de que a votação da casa sobre o aumento no salário dos servidores era “um crime contra o Brasil”, razão pela qual solicitou convite para o pronunciamento. Na ocasião, explicou que a fala “era um lamento, não uma ofensa.”

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    “Houve um acordo público com a Câmara, Senado e os 27 governadores para transferir quase R$ 200 bilhões para estados e municípios. Precisamos que não sejam usados para aumento de salários. São recursos transitórios, não são permanentes. Se transformarmos em aumento de salário, viraria um desastre financeiro para o país, pois se transformaria em gasto permanente”, disse Guedes.

    Em relação com a frase que desencadeou mal estar entre as partes, Guedes afirmou que foi um desabafo. “O que os senhores ouviram foi a decepção de uma pessoa, o lamento, depois de acordos públicos. Me senti totalmente abandonado, isolado. Então, não vejo em que eu tenha ofendido qualquer senador. Não vejo necessidade de me explicar no Senado”, concluiu em sua fala de abertura.

    O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, autor de um dos requerimentos de convite para Guedes se explicar, aceitou as justificativas do ministro sobre as declarações que deu após a derrubada do veto pelos senadores. “Vamos agora retomar a agenda positiva do país”, disse.

    Guedes ainda defendeu a desvinculação das receitas do Orçamento da União, citando o Fundeb. “É melhor ter um índice indexado ou deixar a classe política decidir?”, indagou o ministro. “Temos que reassumir o controle sobre os orçamentos públicos. Isso será inevitável, vamos ter que falar sobre isso”

    O ministro voltou a repetir que até o final do ano os brasileiros vão testemunhar “uma enxurrada de recursos” e que o dinheiro ainda “está chegando”. Entre os aportes, citou os R$ 37 bilhões da liberação do FGTS, que já começa a ser depositada e as recém divulgadas novas quatro parcelas de R$ 300 do auxílio emergencial. Guedes apontou a reação do merdo financeiro como um sinal de que a confiança na atuação do governo não está como ele gostaria.

    “Não podemos deixar que esses recursos da PEC da Guerra virem uma despesa permanente. Se isso acontecer, os juros futuros começam a subir. Hoje estão em 9%, apesar da Selic a 2,5%. Porque [os investidores] estão achando que não teremos a disciplina de voltar aos trilhos no ano que vem”, alertou o ministro.

    Redação: Manuela Tecchio