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    Guedes teme usar crédito extraordinário para bancar auxílio emergencial, dizem interlocutores

    Em caráter reservado, interlocutores junto ao ministério disseram à reportagem da CNN que para Paulo Guedes a expectativa é de aprovação do projeto de lei do Imposto de Renda e da PEC dos Precatórios

    Teo CuryGabriel Hirabahasida CNN

    A equipe econômica do governo federal corre para viabilizar o Auxílio Brasil, aposta do governo para substituir o Bolsa Família, por meio da resolução do rombo dos precatórios e da aprovação do projeto de lei do Imposto de Renda.

    A fórmula, segundo fontes ligadas ao Ministério da Economia, seria a seguinte: PEC dos Precatórios + PL do IR = Bolsa Família dentro do teto e da Lei de Responsabilidade Fiscal. A aprovação da PEC dos precatórios dará espaço fiscal; e o PL do IR, indicará a fonte.

    Em caráter reservado, interlocutores junto ao ministério disseram à reportagem da CNN que para Paulo Guedes a expectativa é de a coisa andar. O ministro acredita que deve ser aprovado tanto o IR quanto a PEC de precatórios.

    E com os dois, o Auxílio Brasil será mantido dentro do teto. Ainda segundo as fontes, Paulo Guedes teria dito que a oposição tentar obstruir seria um erro, porque prorrogaria o Auxílio Emergencial.

    A equipe do ministro Paulo Guedes vê com bons olhos a entrada em campo dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e entende que os próximos 30 a 40 dias serão os mais importantes para uma solução.

    Ainda segundo interlocutores junto à pasta, o temor de Paulo Guedes e da equipe econômica é o de que se não for viabilizado por bem, seja por mal: por meio de crédito extraordinário, prolongando o pagamento do auxílio emergencial por mais meses e com valores maiores do que a média atual, de R$ 250.

    O próprio ministro é resistente à alternativa. E o Tesouro Nacional já ressaltou a importância de problemas estruturais não serem solucionados com medidas extraordinárias.

    O Auxílio Brasil foi criado com a medida provisória 1061 de 2021, mas o governo ainda precisa resolver o espaço dentro do teto de gastos e a compensação financeira. A partir de novembro, o benefício substituirá o Bolsa Família, programa associado com os governos petistas.

    A Câmara dos Deputados já aprovou o projeto de lei de reforma do Imposto de Renda. O texto está, atualmente, no Senado.

    O relator, senador Angelo Coronel (PSD-BA), estima que entregará o relatório até o fim de outubro. A votação no plenário do Senado ficaria para novembro.

    Já a PEC dos Precatórios está em análise em uma comissão especial na Câmara dos Deputados. O relator é o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na terça-feira (28), para dar início à negociação em torno do texto.

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