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    Guedes promete pacote de programas para flexibilizar mercado de trabalho

    Além do Bônus de Inclusão Produtiva e o de Qualificação, Guedes voltou a falar na carteira verde e amarela, dessa vez focada na formalização dos informais

    Anna Russi, da CNN, em Brasília

     

    Paulo Guedes, ministro da Economia
    Paulo Guedes, ministro da Economia
    Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

     

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu, mais um vez, novas medidas para flexibilizar o mercado de trabalho e inserir os informais. Além do Bônus de Inclusão Produtiva e o de Qualificação (BIP e BIQ), Guedes voltou a falar na carteira verde e amarela, dessa vez focada na formalização dos informais. 

    “Estamos estudando, inclusive, Imposto de Renda negativo. Estamos desenvolvendo uma família de produtos para flexibilizar o mercado de trabalho e atacar o desemprego em massa de frente”, destacou em evento do BTG Pactual nesta terça-feira (25). 

     

    Ele também informou que empresas já manifestaram interesse em aderir o BIP e o BIQ, os quais têm capacidade de criar 2 milhões de empregos em poucos meses, de acordo com estimativas do governo. 

    “Algumas empresas já estão conversando conosco e uma já pediu 20 mil e outra 30 mil. Muita gente querendo. É um sistema de treinamento e qualificação durante o trabalho. Isso dando certo, vamos para a carteira verde e amarela, para atacar o problema do desemprego informal”, explicou. 

    Guedes também voltou a elogiar o BEm, programa emergencial de manutenção de emprego por acordos de redução de jornada e salário. Para a equipe econômica, o programa foi responsável pela preservação de 11 milhões de empregos em 2020. 

    O ministro está contando ainda com um resultado positivo de criação de empregos formais em abril de 2021, número será divulgado oficialmente na próxima quarta-feira (26). “Vamos anunciar Caged essa semana. Se criarmos 200 mil, é difícil, mas se conseguirmos, vamos criar 1 milhão de empregos no segundo quadrimestre seguido”, observou. 

    Ele voltou a defender também o uso do dinheiro obtido de vendas de estatais para robustecer e ampliar programas sociais e até criar um programa de distribuição de renda. 

    “Se eu vender uma estatal, eu reduzo a dívida pública. Só que ninguém tem incentivo para vender. Então, que tal distribuir 20% para os mais pobres. Se der perspectiva de melhorar a distribuição de riqueza, quem sabe melhora o interessa na venda”, argumentou. 

    “Se privatizar A, B e C, dobra o Bolsa Família este ano. Se não vender nada, não vem mais nada. […] Não só o Bolsa Família, mas, de vez em quando, um bônus de capitalismo popular. Quero vender para poder entregar a estatal para o povo. Estamos desenvolvendo essa ideia: quem sabe aceleramos as privatiza e resolvemos a questão de programas sociais”, acrescentou.  

    Crescimento de 5% 

    Apesar de não especificar para qual ano, o ministro falou em crescimento econômico de 5% e o impacto disso para uma redução de gastos com a previdência social. “O Brasil vai crescer 5% e vocês vão ver o ganho que vai haver na previdência, porque está programado, para quando o Brasil crescer, um ganho importante lá”.

    Por outro lado, o ex-secretário do Tesouro Nacional Mansueto Almeida, que moderou a conversa com o ministro, já prevê alta de 4,5% ou 5% na atividade econômica brasileira em 2021. 

    “Como disse o Mansueto, crescendo 4,5% ou 5% este ano, o Brasil embala”, comentou Guedes ao reforçar sua confiança na capacidade do país em superar a crise atual e transformar uma recuperação cíclica baseada em consumo em uma retomada sustentável do crescimento baseada em investimentos.