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    Guedes defende desindexação dos gastos públicos em audiência no Congresso

    Ministro da Economia participa de audiência da comissão mista que delibera sobre gastos com a Covid-19 nesta terça (1º)

    O ministro da Economia, Paulo Guedes
    O ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: Adriano Machado/Reuters (19.ago.2020)

    Ao participar de uma audiência da comissão mista do Congresso que decide sobre os gastos com o coronavírus no país, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também defendeu o respeito ao teto de gastos e a desindexação dos gastos da União. Em sua fala, ainda reforçou a importância das reformas para a saúde fiscal do país.

    “As paredes que sustentam o teto são as reformas. Além disso, temos o piso, porque as despesas obrigatórias são indexadas. Estamos sendo comprimidos pelo teto e pelo piso. A PEC do Pacto Federativo tira essa trava. Vamos assumir o controle dos gastos”, explicou o ministro.

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    Guedes também usou exemplos de economias desenvolvidas para justificar a maior autonomia dos representantes sobre as decisões orçamentárias. “Ora, não há teto em país mais avançado. Nos Estados Unidos, na Alemanha, a classe política assumiu o controle dos gastos”, disse.

    “É possível flexibilizar o teto de gastos? Os senhores viram que quando há um motivo de força maior, foi possível excetuar o controle e os mercados compreenderam, porque não foi uma ação populista, não foi uma ação de irresponsabilidade fiscal”, defendeu.

    “Se desindexar [o orçamento], daqui a alguns anos ninguém mais fala de teto de gastos. Hoje, nós atiramos para todos os lados. Não existe a essência da política, que é decidir sobre os recursos. Hoje, o prefeito, o governador, o presidente não manda nos orçamentos. Hoje, quem manda são grupos de interesse que capturaram parcelas do orçamento e interditaram, vincularam esses recursos”, falou.

    Durante a reunião, o ministro voltou a afirmar que o governo está comprometido com o teto de gastos. “Acabo de sair de um anúncio no Alvorada, onde os líderes partidários anunciaram esse compromisso, de responsabilidade com os gastos, de não deixar os recursos da saúde e de assistência ao mais vulneráveis virarem aumento de salários”, afirmou Guedes.

    Redação: Manuela Tecchio

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