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    “Brasil vai crescer 2% mesmo com juros mais altos”, diz Guedes

    Ministro da Economia afirmou que o país terá recorde de emprego com 100 milhões de brasileiros trabalhando até o fim do ano

    Anna RussiFabrício Juliãoda CNN

    em Brasília e em São Paulo

    Durante evento que marca a posse do novo presidente da CVM nesta segunda-feira (18), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil “está condenado” a crescer, mesmo com inflação e juros altos.

    “O Brasil vai crescer 2% mesmo com juros mais alto. Então, tem um elemento estrutural aí.
    Não tem como o Brasil não crescer, o país está condenado a crescer. Pode ser com uma inflação um pouco mais alta mas vai crescer”, afirmou o ministro.

    Guedes comparou a parte fiscal e a política monetária do Brasil com a de outros países, em meio a um aumento de juros nos Estados Unidos e possivelmente na Europa para tentar conter a inflação.

    Nos últimos meses o Banco Central brasileiro elevou a Selic por 11 reuniões seguidas. Atualmente a taxa está em 13,25% ao ano, com possibilidade de, pelo menos, mais uma alta na próxima reunião, que acontece na primeira semana de agosto.

    Já nos Estados Unidos a tendência também é de alta dos juros. A inflação no país acelerou  9,1% no acumulado de 12 meses encerrado em junho, a maior alta em 41 anos. Por isso, o mercado passou a apostar em uma alta de 0,75 ponto percentual nos juros americanos, que já vêm de três altas consecutivas desde março.

    “Tanto o fiscal como o monetário nosso já estão no lugar enquanto lá fora eles não estão nem na metade do caminho”, declarou.

    O ministro chamou a atenção para a queda da inflação no Brasil e a diminuição no índice de desemprego no país, chegando a dizer que haverá recorde de emprego até o fim de 2022.

    “Pela primeira vez teremos mais de 100 milhões de brasileiros trabalhando até o fim do ano. Estamos criando mais emprego que a economia americana”, pontuou.

    Por fim, ele ressaltou que o Brasil “tem uma oportunidade extraordinária de se revolucionar e ter reindustrialização” com energia barata, além de ser a segurança alimentar e energética do resto do mundo.

    “A Europa precisa da gente para a segurança energética. E os europeus, os americanos e os asiáticos precisam do Brasil para garantir a segurança alimentar”, afirmou.

    “Estamos em um momento em que o mundo está em crise e o Brasil está saindo de um momento muito difícil, graças ao trabalho de todos”, concluiu Guedes.