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    Grande transformação do 5G será para a indústria, avalia especialista

    À CNN Rádio, Rafael Coimbra ressaltou que o consumidor também terá melhorias com a tecnologia

    Setores como a telemedicina e a robótica devem passar por grandes transformações no Brasil com o 5G
    Setores como a telemedicina e a robótica devem passar por grandes transformações no Brasil com o 5G Foto: National Cancer Institute / Unsplash

    Amanda Garciada CNN*

    A grande transformação proporcionada pelo 5G não vai ser para o consumidor, mas para a indústria. Esta é a avaliação do editor-executivo da MIT Technology Review Brasil e especialista em tendências tecnológicas, Rafael Coimbra, em entrevista à CNN Rádio.

    Ele vê o leilão do 5G, que acontece nesta quinta-feira (4), como o “início da nova geração da internet”. Rafael destaca que o Brasil está atrasado nesta corrida, já que a conexão existe desde 2019 em países como a Coreia do Sul.

    “Chegou a hora de construir a internet do futuro”, acrescentou.

    O especialista afirmou que o consumidor também sentirá os efeitos do 5G, com melhora no acesso, videochamadas mais fluidas, mas que setores da indústria, como robótica e telemedicina, terão as maiores transformações.

    “Não deixaremos de nos comunicar, mas as máquinas vão começar a conversar entre elas, precisaremos de uma rede robusta com suporte de dados, já que aumentaremos a quantidade de coisas que terá que estar interligada de forma precisa e rápida”, explicou.

    Uma analogia interessante, segundo Rafael Coimbra, é com a tubulação de água. Quando se aumenta a capacidade, o volume de água aumenta também. E o abrir e fechar da torneira deverá ter maior agilidade.

    No mundo da comunicação instantânea, este “abre e fecha” da torneira não será mais percebido. “Se espera uma sensação de onipresença da internet.”

    Coimbra ainda fez uma ressalva. “É um mundo que vai se tornar mais desafiador, a partir do meio do ano que vem, com a implementação do 5G nas capitais, de maneira pequena. E vai levar 10 anos até termos o 5G em função plena. Só que, em 2030, já terá o 6G. O Brasil não pode ficar para trás na corrida tecnológica e aumentar a desigualdade digital.”

    *Com produção de Larissa Coelho