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    Gradiente contrata Michel Temer para atuar em disputa pela marca iPhone

    A ação, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), vai definir quem tem direito ao uso da marca no Brasil

    Temer chega na reta final do prazo para que os integrantes da Corte declarem voto no Plenário Virtual
    Temer chega na reta final do prazo para que os integrantes da Corte declarem voto no Plenário Virtual GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

    Leonardo Ribbeiroda CNN

    em Brasília

    O ex-presidente Michel Temer passou a integrar a banca de advogados que defende a Gradiente num processo contra a Apple. A ação, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), vai definir quem é o dono da marca iPhone no Brasil. No momento, o placar é de 4 a 2 para a empresa norte-americana.

    Temer chega na reta final do prazo para que os integrantes da Corte declarem voto no Plenário Virtual. O julgamento termina nesta segunda-feira (23), às 23h59. Faltam votar os ministros Carmen Lúcia, Nunes Marques e André Mendonça.

    Se houver pedido de vista, o processo ganha fôlego de, pelo menos, 90 dias. Também existe a possibilidade de pedido de destaque, em que a ação passará a ser julgada no Plenário físico. O que pode resultar, por exemplo, na mudança de voto por parte de algum ministro.

    Essa não é a primeira vez que o ex-presidente Michel Temer advoga para empresas de tecnologia. Recentemente atuou para a Google nas discussões sobre o projeto de lei das fake news no Congresso.

    Entenda o caso

    O embate entre as fabricantes Gradiente e Apple teve início mais de uma década antes de o caso ser judicializado. Em 2000, a Gradiente solicitou o registro da marca “Gradiente iPhone” ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). No entanto, o processo só foi finalizado em 2008.

    Nesse meio tempo, em 2007, a Apple lançou o primeiro iPhone nos Estados Unidos. No ano seguinte, os aparelhos começaram a ser vendidos no Brasil.
    Usando essa cronologia, a Apple conseguiu anular o registro que a Gradiente havia obtido no INPI. Foi quando o tema chegou ao Judiciário. Até o momento, nas duas instâncias em que o processo foi julgado, a Apple venceu.

    No STF votaram pró-Apple os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O relator Dias Toffoli e o ministro Gilmar Mendes deram parecer favorável à Gradiente. O ministro Edson Fachin se declarou suspeito.

    Veja também: STF definirá qual empresa é dona da marca iPhone