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    Governo registra necessidade líquida de financiamento em 8,3% do PIB no segundo trimestre, diz Tesouro

    Aumento nominal da despesa e da receita em comparação com 2022 impulsionaram alta

    No mesmo período de 2022, necessidade era de 4,1% do PIB
    No mesmo período de 2022, necessidade era de 4,1% do PIB SOPA Images/Getty Images

    Cristiane Nobertoda CNN Brasília

    O Tesouro Nacional informou nesta terça-feira (17) que o Governo Geral – composto pelas contas do governo central, estados e municípios – registrou no segundo trimestre de 2023 a necessidade líquida de financiamento de 8,3 % do Produto Interno Bruto (PIB).

    De acordo com a secretaria, houve um aumento de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a necessidade era de 4,1% do PIB.

    Segundo o Tesouro, o resultado é explicado por conta do aumento nominal de 10,6% da despesa e de 0,8% da receita do Governo Geral em relação ao mesmo período de 2022.

    Os dados estão no Boletim de Estatísticas Fiscais do Governo Geral do 2º trimestre de 2023.

    O documento indica a quantidade de empréstimos que o governo vai ter que pegar, principalmente com emissão de títulos públicos para financiar as suas despesas acima da receita.

    O presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), José Luiz Pagnussat, explica que os números significam que o Governo Geral gastará mais do que arrecada de imposto nessa proporção de 8,3% do PIB.

    “Esses gastos incluem o pagamento de juros da dívida pública além das despesas primárias, que são gastos não financeiros do governo, como por exemplo pessoal, políticas públicas e investimentos”, apontou Pagnussat.

    De acordo com o documento, a maior parte das necessidades de financiamento vem do Governo Central  e dos governos estaduais.

    O boletim também destaca o crescimento de 2% do PIB da despesa com benefícios previdenciários e assistenciais. Por outro lado, houve uma queda de 1% do PIB nos gastos com juros.

    O resultado do investimento líquido em ativos não financeiros, por sua vez, é explicado pelo aumento nominal da aquisição de ativos desse tipo (10,5%) e do consumo de capital fixo (6,2%).

    O Tesouro ainda aponta que a receita do Governo Geral teve queda em 2,6% do PIB em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 43,9% para 41,3% do PIB no segundo trimestre de 2023.

    “Esse resultado foi impulsionado pela redução da arrecadação de impostos, que passou de 24,9% para 23,8% do PIB, e na rubrica de outras receitas, que passou de 9,2% do PIB para 7,5% do PIB, impactada principalmente por reduções em concessões e dividendos do Governo Central”, diz a comunicação da pasta.

    O recorte do segundo trimestre de 2023 também aponta que a despesa total do Governo Geral atingiu 49,6% do PIB no período analisado, representando aumento de 1,5 ponto percentual do PIB em relação ao mesmo período de 2022, quando alcançou 48,1% do PIB.

    Os gastos passaram de 47,9% do PIB no 2º trimestre de 2022 para 49,4% do PIB no mesmo trimestre de 2023, enquanto o investimento líquido passou de 0,12% do PIB para 0,11% do PIB no mesmo período.

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