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    Governo não tem plano de controle de gasto caso receita frustre, diz economista

    Em 2023, o rombo acumulado nas contas do governo central, que passaram 2022 no azul, chegou a R$ 78,2 bilhões negativos até julho

    Da CNN

    São Paulo

    Ao contar basicamente com o aumento de arrecadação para pagar seus programas, o governo não tem colocado medidas de contenção de despesas em sua agenda, na avaliação da economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória.

    Isto, afirma ela, acaba levando ao risco de que as contas públicas possam fugir de controle.

    “O governo tem essa disposição de gastar mais, diferente dos governos anteriores e do teto de gastos, que era mais rígido”, disse ela em entrevista à CNN.

    “Ele tem dado a sinalização de que, se tiver orçamento, ele vai gastar, e não temos visto medidas que facilitem ou garantam que ele possa ter alguma contenção de gastos caso, pelo lado da receita, tenha frustrações. O governo teria essa carta na mão, mas, por enquanto, não vemos esse controle.”

    Em 2023, o rombo acumulado nas contas do governo central, que passaram 2022 no azul, já chega a R$ 78,2 bilhões negativos entre janeiro e julho, conforme dados do Tesouro Nacional divulgados nesta semana.

    No projeto orçamentário para 2024, apresentando ao Congresso Nacional nesta quinta-feira (31), “o governo estima um aumento de receita de 19%”, destacou Rafaela.

    “É uma proposta que não tem embasamento nos fundamentos da economia, mesmo com a visão mais otimista de crescimento para o PIB no ano que vem. A gente nunca viu um crescimento [de arrecadação] assim antes, não tem na nossa história. A chance de ele conseguir isso é muito baixa.”