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    Governadores não foram chamados para discutir, diz Leite sobre mudança no ICMS

    Governador do Rio Grande do Sul diz que a reforma tributária seria a principal alternativa para a queda nos preços dos combustíveis

    Douglas Portoda CNN

    em São Paulo

    O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou, nesta quinta-feira (14), em entrevista à CNN, que os governadores nunca foram chamados para discutir uma solução para o aumento do preço dos combustíveis.

    Segundo Leite, a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não é a culpada, e a reforma tributária seria a principal alternativa para reduzir a escalada dos preços dos combustíveis.

    A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (13), o projeto de lei que prevê alteração na forma de cobrança do ICMS sobre os combustíveis. De acordo com texto, o imposto será apurado a partir de valores fixos definidos na lei estadual e que, para o cálculo da cobrança do tributo, será considerado o valor médio do litro nos dois anos anteriores.

    “Os governadores nunca foram chamados para discutir uma solução para isso. Nunca houve efetiva demanda por participação para criar alternativas e nunca nos negamos a participar. Mas o que se parece querer é mais uma narrativa para a população. O ICMS não é o vilão nessa história. É o mesmo percentual de ICMS nos estados há muitos anos”, declarou o governador do Rio Grande do Sul.

    De acordo com Leite, o aumento nos preços dos combustíveis “vem turbinado pelo preço do barril do petróleo no mercado internacional e ainda mais agravada esse aumento da sobrevalorização do dólar ou da desvalorização do real”. Ele ainda culpou a “instabilidade internada, criada pelo governo, pelo presidente da República” pelo problema, citando como exemplo os ataques às instituições cometidos por Jair Bolsonaro (sem partido).

    Eleições em 2022

    Leite ainda declarou que tem recebido apoio de outras legendas para viabilizar sua candidatura à presidência da República, como do presidente do Democratas, ACM Neto, e do presidente do PSD, Gilberto Kassab. Ele disputa às prévias do PSDB, e seu principal concorrente é o governador de São Paulo, João Doria.

    “Tenho recebido muitas manifestações de simpatia de torcida por parte de algumas lideranças de outros partidos além do PSDB. Acho que isso é fruto da política de agregar. Não é sobre as pessoas é sobre o projeto. Não é sobre quem vai liderar, é mais do que isso, é sobre trazer o Brasil de volta para o bom senso, para o equilíbrio. Não pode ser pela vaidade de um candidato, não pode ser uma aspiração pessoal unicamente”, afirmou.

    Sobre a chamada “terceira via”, Leite declarou que a rejeição de Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode viabilizar uma candidatura alternativa. Ele se disse disposto a conversar, e declarou que tem diferenças no projeto econômico com Ciro Gomes (PDT), “mas nem por isso vou deixar de conversar com ele”. Já com Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, o governador afirmou ter bom relacionamento e “afinidade na pauta de combate à corrupção”.