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    Google rejeita compartilhar custos de rede por considerar ruim para consumidores

    "Introduzir um princípio de 'o remetente paga' não é uma ideia nova e pode derrubar muitos dos princípios da internet aberta", disse Matt Brittin, presidente de negócios da empresa

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    Google 17/11/2021REUTERS/Andrew Kelly

    Por Foo Yun Chee, da Reuters

    O Google, da Alphabet rejeitou nesta segunda-feira (26) um esforço das operadoras de telecomunicações europeias para que a empresa ajude a financiar os custos de rede, dizendo que é uma ideia de 10 anos e ruim para os consumidores e que a empresa já investe milhões na infraestrutura da internet.

    Os comentários de Matt Brittin, presidente de negócios e operações da Europa, Oriente Médio e Ásia no Google, ocorrem quando a Comissão Europeia busca respostas das indústrias de telecomunicações e tecnologia sobre o assunto antes de fazer uma proposta legislativa.

    As grandes empresas de telecomunicações se queixam de rivais de tecnologia, dizendo que elas usam grande parte do tráfego da internet e devem contribuir financeiramente.

    A ideia, lançada há mais de 10 anos, pode atrapalhar a neutralidade da rede europeia ou o acesso aberto à internet, disse Brittin.

    “Introduzir um princípio de ‘o remetente paga’ não é uma ideia nova e pode derrubar muitos dos princípios da internet aberta”, disse ele no texto de um discurso que será lido em uma conferência organizada pelo grupo de telecomunicações ETNO.

    “Pode ter um impacto negativo sobre os consumidores, especialmente em um momento de aumento de preços”, disse Brittin, citando um relatório do grupo pan-europeu de consumidores BEUC descrevendo essas preocupações.

    Segundo ele, o Google faz sua parte para tornar a internet mais eficiente para empresas de telecomunicações, transportando tráfego em 99% do caminho e investindo milhões de euros.

    “Em 2021, investimos mais de 23 bilhões de euros, grande parte em infraestrutura”, disse Brittin, adicionando que isso inclui seis grandes centros de dados na Europa, cabos submarinos globais e caches para armazenar conteúdo em redes locais.