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    Futuro relator da reforma tributária mantém diálogo com secretário de Haddad

    Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) tem dito a aliados que pretende se dedicar exclusivamente à reforma tributária nos próximos meses, caso o governo insista no prazo exíguo para a aprovação da proposta, segundo apurou a CNN

    Junto com o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, Aguinaldo tem discutido o assunto com Bernard Appy
    Junto com o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, Aguinaldo tem discutido o assunto com Bernard Appy Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

    Gabriel HirabahasiTainá Farfanda CNN

    em Brasília

    O futuro relator da proposta de reforma tributária em andamento na Câmara dos Deputados, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), tem mantido contato frequente com o secretário especial para a Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy.

    Junto com o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, Aguinaldo tem discutido o assunto com Appy, que ajudou a elaborar o texto apresentado pelo emedebista na Câmara.

    De acordo com fontes ouvidas pela CNN, os três têm se encontrado praticamente todas as semanas desde o início de janeiro.

    O futuro relator tem dito a aliados que pretende se dedicar exclusivamente à reforma tributária nos próximos meses, caso o governo insista no prazo exíguo para a aprovação da proposta, segundo apurou a CNN.

    O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confirmou que vai criar um grupo de trabalho para discutir a reforma tributária na Câmara. Aguinaldo, como a CNN adiantou, será o relator da proposta. Reginaldo Lopes, ex-líder do PT na Câmara, deve ser o coordenador do grupo, segundo Lira.

    Fontes ligadas a Aguinaldo ouvidas pela CNN dizem que o deputado já tem trabalhado no texto e aguarda a formalização do grupo para intensificar as negociações.

    A CNN apurou que uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os deputados que estiverem à frente da discussão sobre a reforma tributária deve acontecer em breve, possivelmente até a próxima semana. Por enquanto, o contato dos parlamentares tem sido com Appy.

    Na segunda-feira (6), o ministro da Fazenda disse que é possível aprovar a reforma ainda no primeiro semestre deste ano se o governo “for diligente e trabalhar duro”.

    “Eu vejo muito amadurecimento das duas Casas, tanto Câmara dos Deputados, quanto Senado Federal, de buscar esse resultado. Haveria chance de votar no primeiro semestre, na minha opinião. Se nós formos diligentes, se nós trabalharmos duro, há, inclusive essa hipótese”, declarou

    Para efeito de comparação, em 2019, no primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro, a Câmara dos Deputados conseguiu aprovar a reforma da Previdência em 1º turno antes do recesso parlamentar, em julho. Os deputados encerraram a votação da proposta em agosto e enviaram a PEC ao Senado, que aprovou o texto somente em outubro daquele ano, o que demonstra a dificuldade em se aprovar uma reforma estruturante como a previdenciária e tributária.