Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Fornecedora da Apple desiste de acordo bilionário para fabricar chips na Índia

    Segundo a Foxconn, a decisão foi tomada junto da parceira indiana Vedanta

    Acordo para estabelecer fábrica era avaliado em R$ 95,6 bilhões
    Acordo para estabelecer fábrica era avaliado em R$ 95,6 bilhões Reuters

    por Michelle Tohda CNN

    Hong Kong

    A Foxconn, fornecedora da Apple, desistiu de um acordo de US$ 19,5 bilhões (R$ 95,6 bilhões) com a gigante mineradora indiana Vedanta para construir uma das primeiras fábricas de chips da Índia.

    Em comunicado à CNN, a Foxconn disse que a decisão foi baseada em “acordo mútuo” e permitiu à empresa “explorar oportunidades de desenvolvimento mais diversificadas”.

    A distribuidora da Apple afirmou que “houve reconhecimento de ambos os lados de que o projeto não estava avançando rápido o suficiente, havia lacunas desafiadoras que não conseguimos superar sem problemas, bem como questões externas não relacionadas ao projeto”.

    Agora, a joint venture será encabeçada apenas pela Vedanta.

    Rajeev Chandrasekhar, ministro de estado de eletrônica e tecnologia da informação do país, comentou no Twitter que a notícia “não muda nada sobre” as metas de fabricação de semicondutores da Índia.

    Chandrasekhar acrescentou que a decisão permitirá que “ambas as empresas busquem suas estratégias de forma independente” no país.

    Em declaração na terça-feira (11), a Foxconn reafirmou seu compromisso de investir na fabricação de chips indianos. A empresa afirmou que se candidatará a um programa governamental que subsidia custos de produção de equipamentos eletrônicos no país.

    “Construir fábricas do zero em uma nova geografia é um desafio, mas a Foxconn está comprometida em investir na Índia”, declarou a empresa.

    Desde o anúncio do acordo em fevereiro de 2022, a empresa buscou trabalhar com a Vedanta afim de estabelecer a infraestrutura necessária para produção produção de semicondutores no país.

    A Foxconn disse no ano passado que estava procurando ativamente locais para a fábrica e manteve discussões com “alguns governos estaduais”.

    Procurando oportunidades

    Em fevereiro, o CEO da Foxconn, Young Liu, viajou para a Índia em busca de novos colaboradores.

    A empresa, que já possui fábricas nos estados indianos de Andhra Pradesh e Tamil Nadu, é uma das empresas globais de tecnologia em busca de oportunidades no país. Um dos principais objetivos é diversificar as cadeias de suprimentos além da China.

    Na segunda-feira (10), o ministro da eletrônica e tecnologia da informação da Índia, Ashwini Vaishnaw, disse à agência de notícias indiana e à afiliada da CNN News18 que tanto a Vedanta quanto a Foxconn estão “completamente comprometidas com a missão de semicondutores da Índia”.

    O projeto foi saudado como um marco na campanha da Índia para atrair mais investimentos em manufatura, um setor extremamente necessário para ajudar a diminuir o desemprego.

    O primeiro-ministro Narendra Modi enquadrou o projeto como um impulso significativo para a economia e os empregos.

    Na terça-feira (11), após o anúncio, as ações da Foxconn subiram 1,3% em Taipei. Por outro lado, as ações da Vedanta caíram 1,4% em Mumbai. A mineradora indiana não respondeu à reportagem.

    Recentemente, outras empresas de tecnologia também se moveram para expandir a produção na Índia.

    Em junho, a fabricante de chips americana Micron anunciou uma nova fábrica no estado ocidental de Gujarat, chamando-a de primeira instalação de montagem e teste de fabricação de semicondutores do país.

    A fabricante visa investir até US$ 825 milhões (R$ 3,968 bilhões) e criar “até 5.000 novos empregos diretos na Micron e 15.000 empregos comunitários nos próximos anos”.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

    versão original