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    Focus: projeção do mercado para inflação de 2021 sobe para 3,87%

    A previsão para o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano permaneceu estável, com crescimento estimado em 3,29%

    Anna Russi, da CNN Brasil, em Brasília

    A projeção dos analistas do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021, que mede a inflação oficial do país, subiu para 3,87%. Essa foi a oitava alta consecutiva na estimativa do índice. Há uma semana e um mês, respectivamente, a previsão estava em 3,82% e 3,53%.

    Os números são do Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (1º). O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. 

    A expectativa está acima do centro da meta de 3,75% para este ano. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o IPCA pode ficar entre 2,25% e 5,25%. Para perseguir a meta, o BC eleva ou reduz a taxa básica de juros, a Selic, atualmente na mínima histórica, a 2% ao ano. 

    Moedas de real
    Moedas de real. 15/10/2010.
    Foto: REUTERS/Bruno Domingos

    A projeção para a Selic ao fim de 2021 permaneceu a mesma que a da semana passada, em 4% ao ano. Há um mês, no entanto, a  previsão era de 3,50% ao ano. O presidente do BC já comentou que o Comitê de Política Monetária (Copom) discute elevar os juros básicos a partir deste mês.

    Desempenho econômico

    A previsão do mercado para o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano também permaneceu estável, com crescimento de 3,29%. Há um mês, era esperada alta de 3,50%. 

    Se confirmada a alta prevista para o PIB de 2021, a economia brasileira vai recuperar parte da queda que deve registrar em 2020. As projeções para o ano passado variam, no geral, entre tombos de 4% e 5%. O resultado oficial será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima quarta-feira (3). 

    A recessão de 2020 foi puxada pelos impactos econômicos da pandemia de Covid-19 e das medidas de isolamento social. Assim, a alta do PIB este ano também está condicionada à melhora no cenário da crise sanitária.

    Nos três anos imediatamente anteriores a 2020, a atividade econômica brasileira registrou crescimento fraco, dentro do patamar de 1%.