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    Focus: pela 1ª vez desde março, mercado volta a prever inflação acima de 3%

    De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta terça-feira (3), a projeção para a inflação deste ano passou de 2,99%, na semana passada, para 3,02%

     
      Foto: Reuters/Ajeng Dinar Ulfiana

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

    Os analistas do mercado financeiro voltaram a prever que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará acima dos 3% em 2020. Além de ser a décima alta consecutiva na estimativa da inflação, também é a primeira vez desde março em que a previsão fica acima dos 3%. 

    De acordo com o Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta terça-feira (3), a projeção para a inflação deste ano passou de 2,99%, na semana passada, para 3,02%. O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos.

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    Como consequência da recessão econômica e dos demais impactos da pandemia de Covid-19 na economia, a projeção do mercado financeiro para a inflação despencou desde março. Em seu menor patamar, atingido em junho, a expectativa chegou a ser de 1,52%. 

    O valor era bem abaixo do piso da meta. Para este ano, o centro da meta é de 4,00% com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual, ou seja, podendo variar de 2,50% a 5,50%. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e, para persegui-la, o BC eleva ou reduz a taxa de juros básica, a Selic, atualmente na mínima histórica, a 2% ao ano. 

    No entanto, com o início da retomada econômica e a alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis, que levaram a maior inflação para meses de setembro desde 2003, as previsões para o IPCA têm avançado.

    Desempenho econômico

    Já as projeções para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), permaneceram estáveis em queda de 4,81%. O valor é o mesmo que o estimado na semana passada, quando a previsão para a contração da economia ficou abaixo dos 5% pela primeira vez desde maio. 

    A previsão de recessão econômica este ano reflete os impactos da pandemia da Covid-19, na economia nacional e mundial, que também caminha para uma retração. 

    Com a melhora nas previsões, a projeção do mercado se aproxima da estimativa oficial da equipe econômica de queda de 4,7%. Na semana passada, no entanto, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, informou que a pasta deve revisar a projeção no início de novembro. 

    Vale lembrar que o ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou que a recessão econômica do Brasil deve ser em um patamar abaixo dos 4%. 

    Apesar de terem melhorado suas expectativas, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), ainda veem retração de 5,4% e 5,8% na economia brasileira. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que a recessão da economia brasileira seja de 6,5%.

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