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    FMI vê comércio global avançando 8,5% em 2021, mas alerta sobre desigualdades

    Depois da queda de 9,5% em 2020, dirigente da instituição defendeu a relevância do comércio para impulsionar a recuperação da economia

    A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva
    A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva Foto: Divulgação

    Matheus Andrade, da Agência Estado

     

    A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou nesta terça-feira, 23, que o comércio global pode crescer 8,5% em 2021 e 6,5% em 2022.

    Depois da queda de 9,5% em 2020, a dirigente defendeu a relevância do comércio para impulsionar a recuperação da economia global, assim como seu papel na redução pobreza e na promoção de trabalhos e acesso a recursos.

     

    No entanto, lembrou que apenas economias desenvolvidas e algumas emergentes indicam que irão se recuperar rapidamente da pandemia de covid-19. “Alguns países emergentes e as nações de menor renda enfrentam o risco de menor crescimento”, afirmou, em evento da Organização Mundial do Comércio (OMC).

    Georgieva alertou sobre a crescente desigualdade entre países, e afirmou que emergentes, excluindo a China, devem ter perda de renda per capita de 22% em 2022, enquanto o valor é de 13% em economias desenvolvidas, quando comparado aos números de antes da pandemia.

    A dirigente avaliou que “finalmente” estamos vendo o panorama da economia mundial melhorar, “graças a ações governamentais sem precedentes, o espetacular sucesso na vacinação e nossa capacidade de adaptação”.

    No entanto, lembrou que a imunização e o espaço fiscal nos países de menor renda não são as mesmas. “Países devem manter apoio às famílias para evitar cicatrizes econômicas”, afirmou. Georgieva pediu para que os países mantenham o apoio fiscal, mas que “pensem na sustentabilidade da dívida em média prazo”, concluiu.

    A forma para isso é a “melhora no ambiente de negócios e tornar os gastos mais eficientes”, segundo a dirigente.