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    FMI joga pressão no governo ao falar em estímulo fiscal

    Para o fundo, é hora de se preparar para um impulso sincronizado de investimento em infraestrutura verde e digital para revigorar o crescimento

    Adriana Fernandes, , do Estadão Conteúdo

    A recomendação do Fundo Monetário Internacional (FMI) para os países evitarem a retirada prematura dos estímulos fiscais concedidos para combater os efeitos da pandemia do novo coronavírus aumentou a pressão sobre o governo brasileiro com a proximidade do fim do auxílio emergencial e do estado de calamidade, previsto para o fim do ano.

    Na reunião de cúpula virtual do G-20, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, no fim de semana, defendeu que autoridades globais evitem retirar iniciativas de alívio fiscal de forma prematura. Segundo ela, é hora agora de se preparar para um impulso sincronizado de investimento em infraestrutura verde e digital para revigorar o crescimento, limitar cicatrizes e atender às metas climáticas.

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    A recomendação do FMI causou preocupação na equipe econômica brasileira que tem defendido a consolidação fiscal e apontado para os representantes do organismo multilateral que a situação do Brasil é diferente.

    “O FMI não se atentou para situação específica do Brasil, onde o conjunto de instrumentos usados para combater os efeitos econômicos da pandemia foi mais elevado e resultou em gastos maiores do que em outros países”, disse o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida.

    Segundo ele, dadas as suas características específicas, o Brasil está num momento onde é mais importante para a população mais pobre defender a consolidação fiscal do que a expansão do gasto público.

    “O Brasil encontra-se hoje numa situação em que, se gastarmos muito, a inflação sobe, os juros aumentam, o desemprego aumenta, o investimento e o PIB caem”, ressalta. Para ele, defender a consolidação fiscal não é questão de ideologia, mas política que protegem, em especial, a população mais pobre.

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