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    FMI: China deve crescer 4,8% em 2022, com perda de fôlego na retomada econômica

    Desaceleração vem por rápida retirada de apoio político, recuperação ainda incompleta do consumo e menor investimento no setor imobiliário

    Gabriel Bueno da Costa, do Estadão Conteúdo

    O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) chinês tenha crescido 7,9% em 2021 e que avance 4,8% em 2022.

    “A recuperação da China está bem avançada, mas não tem equilíbrio e o impulso desacelerou”, afirma o fundo, atribuindo a desaceleração à rápida retirada de apoio político, à recuperação ainda incompleta do consumo, em meio a surtos da Covid-19, e ao menor investimento no setor imobiliário, em meio a esforços políticos para reduzir a alavancagem nessa área.

    A avaliação está em comunicado do FMI para marcar o fim das consultas feitas pela equipe do fundo sobre a situação da China, no âmbito do Artigo IV do regimento da instituição.

    O FMI diz ainda que o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país deve seguir contido e abaixo da meta de cerca de 3%.

    Já o superávit em conta corrente deve diminuir em 2022, a 1,5% do PIB (de 1,8% em 2021), conforme a demanda por exportações relacionadas à pandemia se normaliza.

    O FMI diz que houve um “aperto significativo” da política macroeconômica no país, contribuindo para a perda de fôlego no crescimento, com uma mudança de foco do apoio à recuperação para a desalavancagem.

    Na política monetária, houve um aperto moderado em comparação a 2020, avalia, considerando ainda que as reformas estruturais avançam “de maneira irregular entre as principais áreas”.

    A comunicação do FMI traz uma avaliação de seu conselho executivo. Para ele, a recuperação chinesa está bem avançada graças a ações “fortes e rápidas” adotadas pelas autoridades, inclusive a elevada taxa de vacinação contra a covid-19.

    Diante da perda de impulso e da recuperação ainda desequilibrada e sujeita a riscos, o FMI sugere que sejam adotadas “políticas apropriadas que apoiem a economia”, bem como o avanço em reformas estruturais para almejar um crescimento de “alta qualidade – equilibrado, inclusivo e verde”.