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    Fitch corta nota de crédito da Braskem para BB+

    Agência de crédito cita aumento nos riscos ambientais e nova ação judicial da ordem de R$ 1 bilhão

    Tanque em fábrica de cloro e soda da petroquímica Braskem, em Maceió
    Tanque em fábrica de cloro e soda da petroquímica Braskem, em Maceió 30/01/2020 - REUTERS/Amanda Perobelli

    Por Patricia Vilas Boas, da Reuters

    A Fitch Ratings cortou na quinta-feira (14) a nota de crédito em escala global da Braskem para “BB+”, de “BBB-“, e colocou o rating em observação negativa, citando aumento nos riscos ambientais e nova ação judicial da ordem de R$ 1 bilhão associada ao afundamento do solo em Maceió, em áreas onde estão minas de sal-gema da petroquímica.

    De acordo com a agência de classificação de risco, isso poderia piorar o perfil do fluxo de caixa da empresa.

    A Fitch também afirmou que “espera que o fluxo de caixa livre [da companhia] seja negativo por um período mais longo do que o esperado, enquanto a empresa permanece exposta a uma prolongada desaceleração no setor petroquímico, o que resultou em um aumento significativo na dívida líquida”.

    Em comunicado ao mercado, a Braskem disse que mantém uma sólida posição de caixa e perfil de endividamento bastante alongado, citando prazo médio de vencimento de suas dívidas ao final do terceiro trimestre, que é de 12,3 anos, com aproximadamente 63% delas concentradas após 2030.

    A empresa também reforçou seu compromisso com a manutenção da sua posição de liquidez e disciplina de custos e na continuidade da implementação de medidas para redução da sua alavancagem corporativa.

    No final de novembro, a Braskem foi intimada de decisão da Justiça em nova ação de R$ 1 bilhão de autoridades federais e de Alagoas sobre os danos causados por movimentação do solo em Maceió.

    O processo busca ampliação da área de risco e inclusão de mais famílias em plano de compensação financeira.

    Citando descumprimento de decisão liminar para incluir novos imóveis em programa de compensação e ausência de acordo com a empresa, as autoridades entraram com nova petição na quarta-feira (13), na qual solicitam o bloqueio de R$ 1 bilhão, entre outras medidas.

    Procurada pela Reuters nesta quinta-feira, a Braskem disse que segue dialogando com as autoridades e desenvolvendo ações com foco na segurança das pessoas e na implementação de medidas amplas para mitigar, compensar ou reparar impactos decorrentes da desocupação dos imóveis afetados.

    Em relação à atualização do mapa de ações prioritárias, a companhia disse que a região ocupada nos bairros é constantemente monitorada e não existem estudos técnicos que indiquem a necessidade de novas desocupações. A empresa ainda afirmou que vai recorrer da decisão liminar.

    Veja também: Mina da Braskem rompe sob lagoa em Maceió