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    Wall Street fecha com perdas ampliadas por temores de recessão

    Últimas duas semanas foram difíceis para as ações norte-americanas, com o Dow Jones chegando perto de confirmar território de mercado em baixa na sessão anterior

    Reuters

    Os principais índices de Wall Street estenderam suas perdas nesta segunda-feira (26), com investidores ainda preocupados com o aperto agressivo da política monetária pelo Federal Reserve e seu impacto na economia dos Estados Unidos.

    Com os mercados já nervosos com sinais de aumentos adicionais das taxas de juros por parte de bancos centrais, os planos fiscais do governo do Reino Unido divulgados na sexta-feira (23) continuaram a agitar os mercados.

    A libra esterlina caiu para uma mínima recorde nesta segunda-feira e uma liquidação nos títulos do governo britânico elevou os retornos dos títulos da zona do euro.

    Autoridades do Federal Reserve minimizaram nesta segunda-feira a crescente volatilidade nos mercados globais, que vinha da queda das ações dos EUA à turbulência cambial no exterior, e disseram que sua prioridade continua a ser o controle da inflação doméstica.

    “Acho que todos sentiram que estavam nadando em um tsunami de notícias na semana passada, depois de uma das semanas macro mais incríveis da memória recente”, escreveu o estrategista do Deutsche Bank Jim Reid, em nota a clientes desta segunda-feira.

    As ações globais também caíram devido às preocupações com as altas taxas de juros e sua pressão sobre o sistema financeiro, embora a reação à eleição da Itália, onde uma coalização de direita obteve uma clara maioria, tenha sido limitada.

    O Banco da Inglaterra disse nesta segunda-feira que não hesitaria em mudar as taxas de juros e que monitora os mercados “muito de perto” depois que a libra despencou.

    O índice S&P 500 fechou em baixa de aproximadamente 1%. O índice de tecnologia Nasdaq Composite caiu 0,6%. O Dow Jones caiu 1,08%, para 29.271,25 pontos.

    As últimas duas semanas foram difíceis para as ações norte-americanas, com o Dow Jones chegando perto de confirmar território de mercado em baixa (“bear market”, em inglês) na sessão anterior, depois que o banco central dos EUA sinalizou na quarta-feira passada (21) que os juros podem permanecer em patamar elevado até 2023.

    “Os caçadores de pechinchas tendem a intervir quando os mercados atingem as mínimas do ano e isso normalmente leva a esse tipo de recuperação”, disse Randy Frederick, diretor administrativo de operações e derivativos da Charles Schwab. “Obviamente, há preocupações sobre o aperto contínuo da política monetária pelo Fed. O próximo aumento de juro não acontecerá até o início de novembro, mas há uma certeza, na prática, de que isso acontecerá.”

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