Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Via, Vale, Assaí: 10 ações recomendadas por corretoras para investir em novembro

    Ações de bancos foram as mais recomendadas para este mês

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business em São Paulo

    As discussões em torno da forma de financiamento do novo programa social do governo, o Auxílio Brasil, ainda devem influenciar o comportamento dos investidores em novembro. Com a incerteza fiscal no radar, o Ibovespa fechou outubro com recuo de 6,74%.

    Investidores também estão de olho nas sucessivas altas nos preços dos combustíveis no país. O movimento reflete a política de preços da Petrobras, e o presidente Jair Bolsonaro levantou, em mais de uma ocasião, a hipótese de privatizar a maior estatal brasileira. A possibilidade influencia o comportamento das ações da empresa, uma das que têm mais impacto no Ibovespa.

    Ao mesmo tempo, o país lida com um cenário de inflação e juros em alta, ambiente mais favorável para investimentos em renda fixa, como títulos do Tesouro, do que para a renda variável, como ações. Os processos de flexibilização e reabertura com o avanço da vacinação continuam no mês, o que pode favorecer setores como o de varejo e shoppings.

    No exterior, os efeitos da crise energética para a economia da China, o fim gradual da política de estímulos à economia nos Estados Unidos e o avanço de uma crise global em cadeias de suprimentos receberão atenção. Em todos os casos, as ações brasileiras podem ser afetadas por novos capítulos.

    A carteira

    O CNN Brasil Business reuniu as principais ações recomendadas por casas de análise para investimento em novembro, considerando a rentabilidade. O setor de bancos teve mais recomendações.

    A lista levou em consideração as carteiras de investimento da Genial Investimentos, XP Investimentos, Guide, Toro Investimentos, Órama, Nu Invest e Investmind.

    Além das ações selecionadas, também receberam duas recomendações as ações da Arezzo (ARZZ3), Raia Drogasil (RADL3) e BrasilAgro (AGRO3).

    JBS

    Ação: JBSS3

    Comentário: Investmind

    A JBS está no segmento de proteínas com presença mundial, é a maior no Brasil e a segunda maior de alimentos no mundo. Seu tamanho lhe obriga a ter uma estratégia de crescimento inorgânico, praticando aquisições de empresas mal estruturadas financeiramente ou em mercados que se interessa entrar ou crescer, como pudemos ver pelas duas últimas.

    No momento, sua diversificação e robustez garantem maior estabilidade em seus balanços ganhando e perdendo ao mesmo tempo por ofertar produtos de carne bovina, avícola e suína, já que as demandas se substituem ao longo dos anos.

    Além disso, a demanda nos Estados Unidos permanece aquecida e com gargalo em oferta, o que alivia os segmentos da empresa atuantes no país, compensando também o péssimo momento brasileiro devido aos entraves para exportação destinada à China, que jogou o preço do boi gordo para baixo. Porém, a demanda asiática permanece sendo um driver importante de exportação em todas as frentes.

    Por fim, a saúde financeira da companhia é uma boa âncora em nossa análise, mantendo sua alavancagem menor que 2x e até sinalizando maiores pagamentos aos seus acionistas.

    Vale

    Ação: VALE3

    Comentário: XP Investimentos

    Atribuímos o desempenho inferior da Vale aos preços do minério de ferro estáveis no período e às vendas de minério de ferro mais baixas durante o terceiro trimestre. No final de outubro, os preços de minério de ferro negociaram a US$ 112/t, baixa de 6% em relação a setembro, de acordo com a Fastmarkets MB. Em meados de outubro, a Vale também divulgou seu relatório de produção e vendas referentes ao terceiro trimestre.

    Em nossa opinião, os embarques de minério de ferro foram o principal destaque inesperado do relatório (já que as questões que afetam os metais básicos já eram conhecidas e esta unidade de negócios tem pequeno efeito nos resultados consolidados). No entanto, vemos o compromisso com o guidance de produção de minério de ferro para 2021 como positivo e esperamos que o estoque acumulado seja revertido no quarto trimestre. Mantemos nossa recomendação de compra para a Vale.

    Itaú Unibanco

    Ação: ITUB4

    Comentário: Guide

    Vemos um cenário positivo para a expansão de crédito no segundo semestre, com destaque para os segmentos de pessoas físicas e PMEs. Devemos ver ainda um avanço nas receitas de serviços, com destaque para cartões, apesar da maior competição no setor.

    Ressaltamos que o setor passa por diversos desafios: maior concorrência, com novos entrantes no setor, desde fintechs à bancos digitais; Open Banking, que forçaria os bancos a disponibilizarem informações, quando solicitada pelo cliente, o que pode afetar uma das principais barreiras de entrada e CSLL de bancos subindo de 20% para 25% aprovada em julho.

    Olhando para frente, alguns triggers que sustentam a recomendação são: Banco Central aprovou cisão de participação na XP, destravando valor com a distribuição das ações da plataforma para os atuais acionistas; perspectiva de manutenção de dividendos em patamares atrativos e possíveis aquisições, visto que o banco possui um ótimo histórico de M&A.

    Via

    Ação: VIIA3

    Comentário: Órama

    A Via é uma comercializadora de itens de consumo discricionário, como linha branca e eletroeletrônicos. Após sua criação, na fusão das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, a empresa foi controlada pelo grupo francês Casino.

    Michel Klein adquiriu o controle da companhia em 2019, e vem capitaneando mudanças bastante positivas. O destaque desta posição é o preço — a avaliação atual do mercado sequer reflete uma empresa de varejo bem gerida, e ignora completamente os avanços do ponto de vista tecnológico. Por isso, optamos por incluir Via Varejo na nossa carteira.

    Assaí

    Ação: ASAI3

    Comentário: Guide

    O Assaí apresentou um ritmo de crescimento impressionante nos últimos anos através de uma estratégia de abertura de novas lojas, mas também de crescimento nas vendas de mesmas lojas, em função do cenário difícil vivido pela economia brasileira, sendo o player do setor que mais cresce. A mudança no comportamento do consumidor que passou a adotar cada vez mais o formato atacarejo tem contribuído para esse crescimento orgânico.

    A aquisição do Extra Hiper deve acelerar o plano de expansão da companhia, adicionando unidades em localidades estratégicas, uma vez que os formatos Extra Hiper se localizam em centros urbanos, com baixa penetração do formato de cash & carry e localizados próximos à maioria do público transformador de uma grande cidade.

    O Assai apresentou crescimento operacional no terceiro trimestre e manutenção da rentabilidade, mesmo diante de um cenário macro mais desafiador. A companhia reforçou ainda que seu plano de expansão deve fechar o ano com ao menos 25 inaugurações, podendo chegar a 28, um ponto central da tese de investimentos que vem sendo executado com eficácia.

    Destacamos nossa recomendação pela: geração de caixa robusta; perspectiva de expansão no número de lojas; aumento das vendas por m² e management com ótimo histórico de execução.

    Klabin

    Ação: KLBN11

    Comentário: Toro Investimentos

    Atualmente, a Klabin tem apresentando boa evolução dos seus resultados, principalmente sob o aspecto operacional. Além disso, a companhia está presente em um setor de grande relevância na sociedade, através do fornecimento de produtos para os mercados de alimentos, higiene e limpeza, que, inclusive, foram itens essenciais desde o início da pandemia.

    No terceiro trimestre, Klabin reverteu o prejuízo de R$ 191 milhões no mesmo período do ano passado, reportando um lucro líquido de R$ 1,21 bilhões. A empresa conseguiu diminuir a alavancagem devido à melhora no Ebitda e um retorno sobre o capital investido de 19% nos últimos 12 meses. A melhora nos resultados de Klabin foi puxada pelo setor de papel. Observamos um possível aumento no consumo desses produtos para os próximos meses puxados pela Black Friday e as festividades de final de ano.

    Ambev

    Ação: ABEV3

    Comentário: Órama

    A Ambev vem tendo a sua posição desafiada ao longo dos últimos dez anos, por tendências que vêm desde o sucesso das pequenas cervejarias até a competição de outras bebidas, como vinho e destilados.

    Neste momento, a companhia vem trabalhando em uma nova estratégia de marketing, com foco em mídias sociais, que vem sendo bem-sucedida. Em paralelo, a troca do alto comando da empresa também pode trazer benefícios.

    Em termos de preço, percebemos que o enorme lucro corrente da empresa está sendo mal precificado, bem como as possibilidades de sucesso das novas iniciativas da companhia.

    Bradesco

    Ação: BBDC4

    Comentário: Investmind

    O Bradesco é a nossa escolha entre os grandes bancos privados, principalmente pelo perfil da sua carteira de crédito e pelo potencial de melhora na eficiência de suas operações. Para 2021, vislumbramos um aumento da carteira acima do mercado e uma relevante redução das despesas operacionais.

    Além disso, puxado pela carteira de crédito de pessoas físicas, o banco deve se beneficiar de uma retomada da economia e da redução do desemprego. Em adicional, trata-se de um player de extrema relevância no cenário brasileiro de seguradoras, o que reforça uma operação com maior recorrência de receitas, alta rentabilidade e que se beneficia de juros mais altos.

    Da mesma maneira que praticamente todo o setor bancário, o Bradesco deverá apresentar reversão de provisões e um maior controle dessas despesas em 2021, que devem resultar em lucros no patamar do período pré-pandemia.

    Apesar das medidas propostas pela reforma tributária, ainda acreditamos no forte potencial de distribuição de dividendos do banco.

    BTG Pactual

    Ação: BPAC11

    Comentário: Investmind

    Recentemente, o BTG Pactual vem investindo forte em sua unidade de negócios de varejo, com foco em investidores pessoa física e escritórios de agentes autônomos. O desenvolvimento dessa plataforma digital acompanha o surgimento do BTG+, iniciativa de banco comercial que apresenta sinergia com as linhas de wealth management e varejo da companhia.

    Sendo assim, temos visão positiva para as ações da empresa, que é dominante em algumas linhas de negócio e deve se beneficiar da maior penetração de investidores pessoa física no ecossistema de investimentos. As diversas aquisições voltadas para o incremento de sua plataforma digital também podem alterar o preço alvo do papel, que já negocia com um upside de mais de 50% em nossa avaliação.

    Weg

    Ação: WEGE3

    Comentário: XP Investimentos

    Considerando o atual cenário macroeconômico no Brasil, continuamos a ver a Weg como uma boa opção de proteção a riscos domésticos. Mantemos nossa visão positiva com recomendação de compra, enxergando um bom cenário para o curto prazo, além de bons prospectos para a companhia no longo prazo, devido a seu perfil altamente inovador.

    Tópicos