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    Vendas fortes abalam mercado de títulos nos EUA e curva de rendimentos se inverte

    Receios quanto à política monetária mais agressiva do Federal Reserve levaram os rendimentos de dois anos para seus níveis mais altos desde 2007

    Por Yoruk Bahceli e Sujata Rao, da Reuters

    Os rendimentos dos Treasuries de dois anos subiram acima dos custos de empréstimos de 10 anos nesta segunda-feira (13) — a chamada inversão de curva que geralmente prenuncia uma recessão econômica — devido às expectativas de que os juros podem subir mais rápido e mais do que o previsto.

    Os receios de que o Federal Reserve System (Fed, o Banco Central dos EUA) possa optar por um aumento dos juros ainda maior do que o previsto esta semana para conter a inflação levaram os rendimentos de dois anos para seus níveis mais altos desde 2007.

    Ao mesmo tempo, a percepção de que aumentos agressivos dos juros poderiam aumentar os riscos de recessão estava surgindo.

    A diferença entre os rendimentos dos Treasuries de dois e dez anos chegou a cair para -2 pontos básicos nesta segunda, de acordo com a Tradeweb. A curva havia se invertido há dois meses pela primeira vez desde 2019 antes de se normalizar.

    Uma inversão desta parte da curva de rendimento é vista por muitos como um sinal confiável de que uma recessão pode acontecer próximo ano ou dois.

    O movimento segue inversões na última sexta-feira nas faixas de 3 anos/10 anos e 5 anos/30 anos da curva dos Treasuries, depois de dados mostrarem que a inflação continuou a acelerar em maio.

    Os rendimentos das notas dois anos subiram para uma máxima de 15 anos em torno de 3,25%, enquanto os rendimentos de 10 anos atingiram o mesmo nível, o mais alto desde 2018.

    Dados na sexta-feira mostraram o maior aumento anual da inflação nos Estados Unidos em quase 40 anos e meio, destruindo as esperanças de que o Federal Reserve poderia interromper sua campanha de aumento dos juros em setembro.

    Muitos consideram que o Fed pode na verdade precisar aumentar o ritmo de aperto.

    Os juros futuros apontam agora uma chance de 20% de um movimento de 0,75 ponto percentual nesta semana o que, se implementado, seria o maior aumento em uma só reunião desde 1994

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