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    Taxa de juros deve chegar a, no mínimo, 12,25% até maio, avalia economista

    À CNN Rádio, Patricia Krause afirmou que cenário ainda é incerto e que viés é de alta

    Amanda GarciaBruna Salesda CNN

    A taxa de juros deve chegar a 12,25% até maio. Esta é a avaliação da economista da Coface para a América Latina, Patricia Krause, em entrevista à CNN Rádio.

    Na última quarta-feira, o Banco Central elevou a Selic para 10,75%, a maior alta em 5 anos.

    Segundo a economista, a alta era “amplamente esperada” e o ponto principal era o comunicado do BC sinalizando os próximos passos. “A intenção é de reduzir o ritmo de ajuste, ao invés de subir 1,5 ponto percentual, a próxima reunião seria de 1 ponto percentual.”

    “O nosso cenário base aumentaria um ponto em março e depois uma última alta de 0,5% em maio, levaria a Selic para 12,25%, mas o cenário é incerto, diria que é um viés de alta, com no mínimo 12,25%, por causa das incertezas que temos.

    ”Entre essas incertezas, ela destaca o cenário externo, com inflação persistente mesmo fora do Brasil, possibilidade de que o Fed (Banco Central dos Estados Unidos) realize aperto monetário e nova onda de Covid-19, que afeta as cadeias de suprimentos.

    Patricia avaliou que a taxa de juros neste patamar de dois dígitos traz consequências positivas e negativas para os brasileiros.“O impacto negativo é claramente para financiamento em todas as categorias. A Selic é o referencial e os bancos tendem a repassar a taxa”, disse.

    Ao mesmo tempo, “para quem é poupador ou investidor, a taxa alta atrai recursos para a renda fixa, títulos atrelados à taxa Selic, porque aumenta a rentabilidade, até março do ano passado a gente estava a 2% ao ano, era negativo para renda fixa, agora, acima da inflação, aumenta a atratividade.”

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