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    Saiba a diferença entre renda ativa e renda passiva

    É importante entender como são os tipos de renda para um melhor planejamento financeiro

    Wesley Santanacolaboração para o CNN Brasil Business

    Na hora de organizar o orçamento pessoal, é importante considerar separadamente a renda ativa da renda passiva. Mas antes disso, é preciso entender a diferença entre elas para um melhor planejamento financeiro.

    A renda ativa é todo o dinheiro proveniente do esforço pessoal dentro de um período. Pode ser a remuneração que vem por meio de um contrato de trabalho ou pela manutenção do próprio negócio, por exemplo.

    Já a renda passiva é o ganho que chega de forma involuntária e que não demandou dedicação de tempo. Esse tipo de rendimento pode vir pela valorização de investimentos, locação de imóveis, entre outros.

    Confira quais são as principais diferenças entre renda passiva e renda ativa:

    Quais são os tipos:

    • ATIVA: Qualquer renda fixa ou extra que precise de dedicação é ativa como emprego com carteira assinada, hora extra, comissões, trabalho autônomo, serviços freelancer, lucro de empresas, venda de produtos pela internet etc.
    • PASSIVA: Tudo que vier de forma espontânea, sem precisar de produtividade, pode ser enquadrada como renda passiva. Entram nessa categoria o recebimento de pensão, aposentadoria, rendimentos de investimentos, dividendos de ações e fundos, aluguel de imóveis etc.

    Qual a importância da renda passiva?

    Na avaliação de Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), os dois tipos de renda são importantes, mas com relevâncias diferentes ao longo da vida. Por isso, ele indica que primeiro é preciso se organizar para guardar mais recursos oriundos da renda ativa, para, posteriormente, ter mais proventos com renda passiva.

    “Com o passar do tempo, todos nós temos um declínio das atividades produtivas, então, com a renda passiva, teremos a opção de parar de trabalhar ou continuar apenas por prazer”, destaca. Mas a renda passiva pode ser usada, também, para aumento de patrimônio, complementando os ganhos ativos mensais. 

    É possível viver de renda passiva? 

    Dependendo da soma do patrimônio e do estilo de vida, é possível viver de renda passiva. Usando um montante de R$ 100 mil como exemplo, hoje ele pode render até R$ 1 mil por mês se aplicado em um produto de renda fixa. Se esse rendimento cobrir os custos do investidor, então ele não teria a necessidade de ter uma renda ativa.

    Contudo, Domingo alerta que o ideal é usar, no máximo, 50% da renda passiva durante o mês para que a aplicação não perca para a inflação. “Se eu tirar 100% do ganho, é muito provável que a perda inflacionária supere o rendimento, perdendo o poder de compra. Já que você está tirando todo o rendimento do mês, então a sua reserva não está tendo atualização”.

    Como investir para ter renda passiva?

    Há diversos investimentos que podem ser considerados para a renda passiva. Na renda fixa, produtos como CDB e Tesouro Direto retornam o valor aplicado com uma porcentagem de remuneração no futuro ou diariamente, dependendo da liquidez.

    Já os produtos de renda variável, compartilham os lucros da empresa com seus acionistas, por meio dos dividendos e dos juros sobre capital próprio. O mesmo vale para os fundos imobiliários que repartem os dividendos com os cotistas, muitas vezes com recorrência mensal.

    Há opções mais tradicionais, como a compra de imóvel para recebimento de aluguéis. Nesse caso, é importante comparar e avaliar se o valor empregado na aquisição é vantajoso para os recebimentos mensais.

    Como ganhar renda extra?

    Com a internet, muitas possibilidades de renda extra surgiram. Um exemplo é a possibilidade de se tornar um afiliado digital, que ganha por cada produto vendido em lojas online. Esse serviço – que muito se parece com o de revendedoras de catálogos – está disponível em quase todos os marketplaces e só precisa de um cadastro no site.

    Para quem prefere serviços mais tradicionais, é possível  se tornar um motorista por aplicativo, dar aulas e consultorias particulares e até vender refeições. Todas essas tarefas não dependem de dedicação exclusiva, portanto, os interessados podem recorrer a elas somente quando quiserem ou precisarem.

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