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    Primeiro ETF de finanças descentralizadas começa a ser negociado na B3

    Fundo de índice é lastreado no Bloomberg Galaxy DeFi Index

    Artur Nicocelido CNN Brasil Business* , São Paulo

    A B3 e a companhia QR Capital lançaram nesta terça-feira (8) o primeiro ETF (exchange-traded fund, ou fundo de índice) 100% investido em Defi (protocolo de finanças descentralizadas), o QDFI11. O fundo é lastreado no índice Bloomberg Galaxy Defi Index.

    O ETF está disponível para o público geral e tem taxa de administração de 0,9% ao ano. Em sua estreia, o QDFI11 começou a ser negociado a R$ 10.

    Para Fernando Carvalho, CEO da QR Capital, o lançamento do fundo é um passo importante para a maturação do mercado de criptoativos. Ele diz que a aprovação de um novo produto que oferece exposição regulada e protegida a novos tipos de ativos do universo cripto “é mais um recado ao mercado da economia tradicional”.

    “Os ETFs de bitcoin e ethereum foram apenas a entrada para um universo de investimentos muito mais rico e diverso. Agora é a vez do QDFI11. Cada vez mais, os investidores passarão a ter acesso a produtos inovadores e disruptivos com o aval dos reguladores”.

    O Bloomberg Galaxy DeFi Index conta com nove protocolos de finanças descentralizadas: Uniswap, Aave Decentralized Lending Pools, MakerDao, Compound, Yearn.finance, SushiSwap, 0X, Synthetix e Curve.

    “Com o surgimento do blockchain, abriu-se um universo de possibilidades por conta da descentralização da informação. As finanças descentralizadas são a concretização deste conceito no mercado financeiro”, explica Carvalho.

    “São serviços financeiros – como empréstimos e seguros – construídos em blockchain, auto-verificáveis por seus usuários, eliminando a necessidade de intermediários”.

    Os serviços financeiros tradicionais são, necessariamente, centralizados por uma instituição que garante confiança entre as partes.

    “Assim, a inovação das finanças descentralizadas é que, através de um blockchain e dos contratos inteligentes, os intermediários podem negociar de forma direta, sem necessidade de um banco, autarquia monetária ou qualquer moderador”, diz o CEO.

    Segundo a QR Capital, em 2021, o valor total investido em DeFi no mundo cresceu cerca de 11 vezes; em novembro, já eram cerca de US$ 200 bilhões dedicados a protocolos de finanças descentralizadas.

    Estima-se que o valor negociado em bolsas descentralizadas ao redor do mundo é de, aproximadamente, US$ 800 bilhões.

    Outro ativo no mercado

    Está previsto para 17 de fevereiro o lançamento do segundo ETF de finanças descentralizadas na bolsa brasileira, o DEFI11. A companhia responsável pelo fundo de índice é a Hashdex.

    O ETF – que surgiu a partir de uma parceria com a CF Benchmarks, provadora de índices de criptoativos – vai espelhar o “CF DeFiModified Composite Index (índice que busca representar o setor englobando ativos segundo critérios de elegibilidade)”, diz Marcelo Sampaio, presidente da Hashdex.

    O DEFI11 deve contar inicialmente com 12 ativos, divididos em três categorias. A de protocolos DeFi terá as ações da Unisawap, AAVE, Compound, Maker, Yearn, Curve, Synthetix e AMP.

    Já a categoria de protocolos de suporte, voltados a armazenamento e consulta de dados, reúne Polygon, Chainling e The Graph.  E a de plataformas de registro, blockchain onde as transações são validades e registradas, terá o ethereum.

    A XP afirma que o risco de se investir em ETFs é devido ao mercado de criptomoedas ser “volátil e imprevisível, inclusive pelo fato de ter preços muito sensíveis ao noticiário e pouco histórico de negociação, dificultando uma avaliação fundamentalista destes ativos.”

    *Com informações de João Pedro Malar, do CNN Brasil Business

     

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