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    Presidente do Fed de Dallas diz não ser apropriado pausa na alta de juros

    Lorie Logan está preocupada com o fato de a inflação "muito alta" não estar em desaceleração rápida o suficiente para permitir a interrupção no aumento da taxa em junho.

    da Reuters

    A presidente do Federal Reserve de Dallas, Lorie Logan, disse nesta quinta-feira (18) que está preocupada com o fato de a inflação “muito alta” não estar em desaceleração rápida o suficiente para permitir a interrupção no aumento da taxa de juros em junho.

    Para ela, os dados das próximas semanas ainda podem mostrar que é apropriado manter os juros na reunião de junho. “Até hoje, porém, ainda não chegamos lá”, disse Logan em comentários preparados para declaração na Associação de Bancários do Texas, em San Antonio.

    A próxima reunião de política monetária do banco central norte-americano está marcada para 13 e 14 de junho.

    Investidores têm apostado fortemente que o incremento de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros no início de maio, a uma faixa de 5,00% a 5,25%, terá sido o último do ciclo.

    O estresse do setor bancário até agora equivale a cerca de 0,25 ou 0,50 ponto percentual de aperto da política monetária, disse ela nesta quinta-feira, mas outros aspectos das condições financeiras diminuíram desde março.

    A inflação caiu em relação aos picos do ano passado, há um enfraquecimento do mercado de trabalho e a economia em geral está menos desequilibrada do que antes, afirmou ela –todos sinais de que as altas de juros do Fed começaram a pesar.

    “Ainda não fizemos o progresso que precisamos”, disse Logan. “E é um longo caminho daqui até 2% de inflação.”

    Ela afirmou entender que o aumento dos juros rápido demais ou para um nível muito alto pode custar mais empregos do que o necessário, e está atenta também ao potencial de deterioração repentina das condições financeiras.

    Ainda assim, Logan afirmou que reduzir as pressões de preços é uma “prioridade crítica”, e não fazê-lo rápido o suficiente acabaria por forçar ainda mais o aperto da política monetária e piores resultados para trabalhadores e empresas.

    “Mesmo enquanto consideramos a melhor forma de administrar os riscos, eles não devem nos impedir de fazer o que é necessário para alcançar uma inflação de 2%”, afirmou Logan.

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