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    População menor é desafio para economia, e reforma tributária pode ajudar, diz Inter

    Censo 2022 revelou que número de brasileiros está crescendo menos do que o imaginado, o que reduz também a capacidade de crescimento do país

    Da CNN , São Paulo

    A notícia captada pelo Censo 2022 de que a população brasileira está menor do que o que era estimado tem impactos importantes para a economia brasileira, já que um número menor de pessoas disponíveis reduz também a capacidade de o país crescer.

    Em análise feita pelo Inter, essa revelação torna ainda mais importante a aprovação da reforma tributária, que, de acordo com o banco, tem potencial para aumentar a produtividade da economia brasileira.

    “O menor crescimento populacional tem importantes implicações para o desempenho da nossa economia. O baixo crescimento do PIB no Brasil na última década ressaltou a estagnação da produtividade, mas em face dos novos números demográficos, podemos inferir que o menor crescimento populacional também contribuiu de maneira negativa para a baixa expansão econômica”, escreveu o Inter em relatório.

    Com dois anos de atraso por conta da pandemia, o Censo, que é feito a cada dez anos, contou em 2022 que o Brasil tinha uma população de 203 milhões de pessoas, 12 milhões a menos do que os 215 milhões que eram projetados.

    Por consequência, o ritmo atual de crescimento da população também se revelou menor, de 0,5% ao ano — o menor da história.

    “No curto prazo, a melhor oportunidade hoje para aumentar a produtividade da economia é a reforma tributária”, continua o relatório do Inter.

    “O Brasil tem um sistema tributário extremamente complexo, o que gera inúmeras distorções que afetam desde a alocação de capital até o tempo e recursos gastos com a apuração dos impostos e disputas jurídicas, com impacto também no planejamento fiscal do governo e na dinâmica da dívida pública”.

    A reforma tributária em discussão atualmente no Congresso propõe a unificação em uma só cobrança dos vários impostos existentes hoje sobre consumo (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS).

    Entre os benefícios que isso trará e que podem propulsionar a produtividade, o Inter cita a menor complexidade para os negócios, a maior transparência para os consumidores e também o potencial fim da guerra fiscal entre os estados — já que, a princípio, a cobrança dos impostos, hoje em grande parte estadual e municipal, passaria a ser a mesma no país todo.

    “Para o PIB voltar a crescer a uma taxa sustentável de 2% ao ano, sem estímulos que vão além da capacidade produtiva e geram inflação, a produtividade precisa aumentar além da taxa de crescimento da população”, diz o relatório.

    “E uma das maneiras de melhorar a produtividade no Brasil é reduzindo as barreiras e a complexidade nas relações comerciais e produtivas”.

    *Publicado por Juliana Elias

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