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    Para IBGE, juros altos explicam retração da indústria no semestre

    De janeiro a junho a produção industrial brasileira encolheu 0,3%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgada nesta terça-feira (1)

    Da CNN* São Paulo

    O comportamento negativo da indústria de transformação em 2023 está diretamente associado ao elevado patamar de juros básico da economia, atualmente em 13,75% ao ano. A avaliação é do gerente da Pesquisa Industrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.

    O IBGE divulgou na manhã desta terça-feira (1) que a produção industrial brasileira cresceu 0,1% na passagem de maio para junho, o que indica estabilidade, mas acumula retração de 0,3% de janeiro a junho deste ano na comparação com o primeiro semestre de 2022.

    Ao comentar o atual patamar dos juros, Macedo explica que, de um lado, ele traz um grau de diminuição da atividade produtiva e, do outro, afeta as famílias. “Há dificuldade de acesso ao crédito e permanência das taxas de inadimplência em patamares altos”, afirmou.

    Quando analisado o resultado da indústria nacional na passagem de maio para junho de 2023, somente uma das quatro grandes categorias econômicas e 7 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram crescimento na produção.

    A maior influência positiva nos grupos de atividades veio de indústrias extrativas, que avançou 2,9% em junho depois de crescer 1,4% em maio.

    “São cinco taxas positivas em seis meses, influenciado pelo avanço na extração de petróleo e minérios de ferro”, afirma Macedo, salientando que o setor é um dos poucos que estão acima do patamar pré-pandemia, com 7% de alta perante o nível de fevereiro de 2020.

    Outros setores que contribuíram para o resultado de junho de 2023 foram confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,9%), de produtos de borracha e de material plástico (1,2%) e de produtos de metal (1,2%).

    Já entre as 16 atividades em queda, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,0%) e máquinas e equipamentos (-4,5%) exerceram os principais impactos.

    Veja também: Os planos de Lula para alavancar a indústria nacional

    *Com informações de Estadão Conteúdo

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