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    Número de inadimplentes no Brasil atinge recorde da série histórica, aponta Serasa

    São 66,6 milhões de nomes negativados em todo o país, um aumento de 4 milhões de inadimplentes em relação ao mesmo período do ano passado

    Iuri CorsiniThayana Araújoda CNN , no Rio de Janeiro

    O Brasil alcançou o maior número de inadimplentes desde o início da série histórica, feita pela Serasa, desde 2016. São atualmente 66,6 milhões de pessoas que estão com os nomes negativados por dívidas. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (8), são da Serasa Experian, referentes ao mês de maio deste ano e representam um aumento de quatro milhões de nomes negativados (6,3%).

    Já em relação a abril de 2022, mais de meio milhão de pessoas entraram no cadastro.

    Ainda de acordo com o levantamento, a maioria das dívidas é com o segmento de bancos e cartões, que representa 28,2% do total. Depois aparecem as contas essenciais como água, luz e gás, com 22,7%. Na sequência estão os setores de varejo e financeiras (12,5% cada), serviços (10,8%), telefonia (7,1%) e seguradoras (2,2%).

    Segundo Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, a alta de negativados não surpreende.

    “É um cenário esperado, uma vez que a situação econômica do país ainda é de muita instabilidade, com a inflação, taxa de juros e os níveis de desemprego em alta”, afirmou. Rabi entende que o saque extraordinário do FGTS, de R$ 1 mil, pode ajudar os negativados a limpar o nome.

    Os dados apontam também que a faixa etária mais jovem (18 a 25 anos) foi a que mais cresceu em inadimplência, na comparação entre maio de 2021 e maio de 2022. A alta foi de 10,75%, passando de 7,73 milhões para 8,56 milhões de negativados. Já o número de idosos (60 anos ou mais) também teve aumento significativo.

    Enquanto em maio do ano passado eram 10,6 milhões de inadimplentes, no quinto mês deste ano o aumento foi de 8,3%, alcançando 11,49 milhões de pessoas.

    Economistas responsáveis pela pesquisa explicam que os mais jovens e os idosos estão deixando de pagar contas porque são mais vulneráveis e sentem mais o peso da inflação. Os mais novos porque estão em busca de emprego ou ganham pouco no início de suas carreiras.

    No caso dos mais velhos, despesas com alimentação e medicamentos têm impacto significativo nos gastos mensais.

    Apesar destas duas faixas etárias terem sido as mais impactadas no último levantamento divulgado, o maior número absoluto de inadimplentes é entre as pessoas de 26 a 40 anos. São 23,6 milhões de negativados neste grupo etário.

    Depois aparecem os brasileiros entre 41 e 60 anos, grupo no qual há 22,8 milhões em situação de inadimplência.

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