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    Moody’s prevê recessão na Argentina e inflação de 275% ao ano em 2024

    Agência analisa que estabilização da economia está cada vez mais difícil e dependerá da próxima eleição, dia 19 deste mês

    Natália Coelho, André Marinho e Maria Lígia Barros, do Estadão Conteúdo

    A Moody’s avalia que a pressão inflacionária deve seguir forte na Argentina e que a economia do país deverá encolher 3,5% em 2023 e 2,5% em 2024, antes de regressar a um crescimento “morno” em 2025. A agência prevê que a inflação anual acelere a 275% no ano que vem, à medida que um “ciclo vicioso” de expectativas desancoradas, depreciação cambial e importação de inflação toma posse.

    “Esperamos que a crise econômica da Argentina se aprofunde, uma vez que a inação do governo para reduzir os desequilíbrios está levando a um ambiente econômico cada vez mais insustentável”, diz a Moody’s em relatório.

    Segundo análise, a estabilização da economia parece cada vez mais difícil e dependerá “crucialmente” das políticas do novo governo, que será escolhido no próximo dia 19 de novembro, na disputa presidencial entre o governista Sergio Massa e o ultralibertário Javier Milei.

     

     

    “Independentemente do resultado, esperamos que a nova administração enfrente enormes dificuldades na correção dos desequilíbrios fiscais e externos que sustentam os enormes desafios econômicos do país”, comenta.

    A Moody’s diz ainda que o aumento da taxa de juros básico argentina a 133% em outubro sugere que o Banco Central da Argentina (BCRA) “está perdendo o controle da situação macroeconômica”. Por mais que a autoridade monetária tenha mantido a taxa de câmbio do peso argentino contra o dólar geralmente estável em cerca de 350, reservas cambiais líquidas negativas limitarão a sua capacidade de fazer isso indefinidamente, diz a agência.

    “Enquanto isso, uma complexa rede de controle de capitais e taxas de câmbio paralelos está a fomentar um movimentado mercado paralelo para o peso e agravando a inflação” da Argentina, afirma no documento.

    Veja também: Governo fará nova avaliação sobre meta fiscal, dizem fontes

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