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    Mercados reagem à inflação no Brasil e aos dados de emprego nos EUA

    Morning Call, com Priscila Yazbek, destaca o de mais importante na economia mundial e nacional nesta sexta-feira (8)

    O mercado financeiro iniciou a sexta-feira (8) reagindo aos dados de emprego nos Estados Unidos e à inflação no Brasil.

    O Payroll, o mais importante indicador do mercado de trabalho americano, saiu hoje, e o relatório mostrou que os Estados Unidos criaram 194 mil vagas em setembro, bem abaixo da expectativa, que era de abertura de 500 mil vagas.

    O dado era muito esperado porque, junto com a inflação, é o indicador mais observado pelo Banco Central americano para decidir os rumos dos juros e do programa de estímulos do país.

    Como os números vieram fracos, a análise feita é que o Fed pode jogar o tapering para frente, conforme aponta Pedro Lang, da Valor Investimentos.

    Ainda nos Estados Unidos, o Senado aprovou a elevação do teto da dívida como era esperado, o que gerou alívio nos mercados.

    A crise de energia continua no radar do mercado. Apesar do alívio trazido pela Rússia, que disse que vai fornecer gás para a Europa para estabilizar preços, uma nova preocupação se acentua: o inverno está chegando e pode elevar o consumo de energia no hemisfério norte.

    Brasil

    Por aqui, foram divulgados hoje os dados do IPCA. Segundo o IBGE, os preços subiram 1,16% em setembro, um pouco abaixo da expectativa, que era de alta de 1,25%.

    Mais uma vez, os preços foram pressionados pelos custos de energia e combustível. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em setembro.

    Como o dado veio abaixo do esperado, pode trazer algum alívio no mercado, mas a fotografia ainda é ruim. Em 12 meses, a inflação acumula alta de 10,25% e passa a marca simbólica dos dois dígitos.

    O risco fiscal segue sendo outro ponto de atenção. Com a reforma do imposto de renda travada, o governo não tem uma fonte de receita para ampliar o Bolsa Família, por isso já pensa em um plano B.

    Além da inflação, o governo teme perder popularidade com o fim do auxílio emergencial neste mês.

    Segundo Gabriel Barros, da gestora RPS, corre em Brasília a ideia de aumentar o Bolsa Família, o que pode ser feito por decreto, e criar o vale-gás para contemplar as pessoas que vão deixar de ganhar auxílio emergencial.

    Como o programa é temporário, não precisaria de uma fonte, como o Auxílio Brasil. Hoje, 14 milhões recebem o Bolsa Família e 39 milhões o auxílio. O foco do vale-gás seria nos 25 milhões que deixariam de ter benefício com o fim do auxílio.

     

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