Ibovespa fecha em alta de quase 2% após balanço do Itaú; dólar fica estável, a R$ 5,20
Banco liderou ganhos do principal índice da bolsa nesta tarde depois de anunciar o balanço com o resultado financeiro de 2022 na véspera
O Ibovespa fechou em alta de 1,97% nesta quarta-feira (8), aos 109.951,49 pontos, apesar de recuo em Nova York, liderado pelas ações de bancos após analistas receberem positivamente o resultado do Itaú Unibanco, divulgado na noite de terça-feira (7), e diante de algum alívio nas tensões envolvendo Banco Central e a Presidência.
As ações Itausa PN encerraram com valorização de 8,46% e Itau Unibanco PN de 8,27%, ambas liderando o campo positivo. BTG registrou alta de 5,71%, Bradesco PN de 4,89% e Santander BR de 4,86%.
Além dos bancos, Petrobras também esteve entre as maiores influências para a alta do índice, com avanço do petróleo no exterior e antes de divulgar dados operacionais. Petrobras PN teve alta de 1,68 e ON de 2,21%. Empresas de saúde e varejo alimentar ficaram entre as principais pressões negativas. Pão de Açúcar fechou em baixa de 5,17%, Carrefour ON de 2,73% e Hapvida ON de 3,66%.
Já o dólar fechou rondando a estabilidade, com variação negativa de 0,09%, cotado a R$ 5,196.
O Itaú registrou lucro de R$ 30,8 bilhões em 2022, o que representa alta de 14,5% em relação ao ano anterior, e retorno recorrente sobre o patrimônio líquido (ROE) médio anualizado de 20,3%. As ações do banco subiam cerca de 8,11%.
Em contrapartida, o Banco Pan tentava puxar o Ibovespa para baixo, com perdas em torno de 1,72%, após divulgar o resultado do 4º trimestre de 2022. As ações da Marisa também operavam em queda, depois que o presidente renunciou ao cargo em meio ao processo de reestruturação da empresa. Os papéis caiam por volta de 3,54%.
Além disso, críticas recorrentes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central mantém um sentimento de cautela no mercado doméstico.
A analista de economia da CNN Thais Herédia conversou com ex-integrantes de equipes econômicas de governos passados e disse que nenhum deles entende muito bem o propósito do presidente.
“O Brasil aguenta desaforo, pois está com contas externas equilibradas, a economia internacional não será tão ruim e o capital estrangeiro olha o Brasil entre os emergentes e acaba colocando-o no topo da lista”, afirmou um executivo do setor financeiro.
Na última sessão, o dólar fechou em alta de 0,51%, a R$ 5,201 na venda, registrando o maior patamar desde 20 de janeiro (R$ 5,208) e engatando um terceiro pregão consecutivo de ganhos, acumulando no período valorização de mais de 3%.
O Banco Central fará neste pregão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de março de 2023.
(Com informações de Thaís Herédia e Reuters)