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    Falta de consenso sobre o Renda Brasil faz Ibovespa fechar em queda; dólar sobe

    Dólar volta ao patamar dos R$ 5,60 com exterior abandonando otimismo da véspera com a melhora da relação entre China e Estados Unidos

    O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (26) que rejeitou a proposta apresentada pelo Ministério da Economia para criação do programa Renda Brasil porque ficou insatisfeito com os cortes de programas como o abono salarial para financiar o novo projeto, e disse que o texto não será enviado ao Congresso.

    Isso ressaltou o tom receoso dos investidores brasileiros com a questão fiscal do país e causou uma queda significativa no Ibovespa nesta quarta-feira (26), de 1,46%. Agora, o índice acumula 100.627,33 pontos. 

    Segundo análise da corretora Safra, a tendência é que o Ibovespa permaneça na região de indefinição no curto prazo, atingindo, no máximo, 103 mil pontos.

    Enquanto isso, no exterior, o clima é de expectativa para o discurso do presidente do Banco Central Americano (Fed), Jerome Powell. Ele discursará na quinta-feira (27), na reunião anual de Jacson Hole, sobre eventuais novas medidas para a economia americana. 

    Com isso, o tom era de cautela no exterior e o dólar voltou aos R$ 5,61. A moeda americana subiu 1,54%. O mercado abandonou o tom otimista com a melhora da relação entre Estados Unidos e China. Na véspera, o dólar caiu 1,19%, aos R$ 5,52. 

    Contexto

    Hoje o presidente Jair Bolsonaro disse que não vai enviar ao Congresso a proposta desenhada pela equipe econômica para o Renda Brasil. 

    “Não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos. Não podemos fazer isso aí. Como por exemplo a questão do abono para quem ganha até 2 salários mínimos. Seria, né, um 14º salário. Não podemos tirar isso de 12 milhões de pessoas para dar para um Bolsa Família ou Renda Brasil, seja lá o que for o nome desse novo programa”, disse o presidente.

    Em meio à crescente especulação de que Powell pode revelar uma postura de política econômica mais branda em relação à inflação no pronunciamento desta manhã, os investidores estão se preparando para possíveis novas medidas do Fed para impulsionar a economia dos EUA.

    “Ter como meta uma inflação média ao longo do tempo, em vez de definir uma meta fixa de 2%, provavelmente significaria juros mais baixos por mais tempo”, disse Raffi Boyadjian, analista sênior de investimentos da corretora online XM.

    No Brasil, o cenário macro segue em foco, com o anúncio de medidas para recuperação da economia pelo governo brasileiro ainda incerto. Na véspera, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que espera ter uma definição até sexta-feira (28) sobre o valor das próximas parcelas do auxílio emergencial a serem pagas até o fim do ano.

    Além disso, o Senado aprovou um convite para que o ministro da Economia, Paulo Guedes, comente as declarações dadas sobre a decisão da Casa que rejeitou o veto presidencial sobre o reajuste de alguns salários públicos. Posteriormente, o veto acabou sendo mantido pela Câmara.

    Destaques

    Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) recuaram 2,1% e 2,08%, afetados pelo ambiente mais avesso a risco que, no setor financeiro, ainda pesou na ação da B3, que fechou em queda de 2,18%

    A Petrobras (PETR4) caiu 2,84%, também afetada pelo sentimento mais negativo, enquanto os preços do petróleo no exterior mostraram pequenas variações.

    A Cemig (CMIG4) cedeu 4,23%, após acumular valorização de 6,4% nos últimos três pregões, com Eletrobras (ELET3) também passando por ajuste e caindo 4,71% após alta de 20,6% com série de quatro pregões no azul.

    A Rumo (RAIL3) caiu 3,84%, devolvendo a valorização de 3,48% da véspera, após precificar na segunda-feira oferta de ações a R$ 21,75 por papel, o que resultou em aumento de capital de R$ 6,4 bilhões.

    A Notre Dame Intermédica (GNDI3) valorizou-se 3,24% na esteira de acordo para aquisição do Grupo Medisanitas Brasil, em movimento que analistas do BTG Pactual classificaram como transformacional e muito positivo.

    O Magazine Luiza (MGLU3) subiu 2,44%, a R$ 90,15, novo recorde de fechamento, após anunciar programa de recompra de até 10 milhões de ações, com prazo de 18 meses. Na máxima do dia, o papel chegou a R$ 91,50.

    A Vale (VALE3) subiu 0,21%, com a alta dos futuros do minério de ferro na China ajudando atenuar a pressão vendedora. No setor de mineração e siderurgia, CSN (CSNA3) capitaneou as perdas, fechando em baixa de 1,55%.

    Bolsas internacionais

    Em Wall Street, os índices acionários subiram. O Nasdaq saltou 2,13%, o S&P 500 teve valorização de 1% e o Dow Jones subiu 0,3%. 

    As bolsas europeias fecharam em alta nesta quarta-feira, com notícias de estímulos adicionais na Alemanha e expectativa de medidas de recuperação econômica na França compensando preocupações sobre o aumento dos casos de Covid-19 em todo o continente.

    O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,8%, a 1.446 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,91%, a 373 pontos.

    Já na China, o mercado acionário fechou em baixa nesta quarta-feira (26), pressionado pela fraqueza no índice de start-ups ChiNext, já que investidores realizavam lucros. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 1,17%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 1,3%.

    (Com Reuters)

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