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    Ibovespa fecha em queda de 1,2%, e dólar sobe a R$ 5,32, com tensão eleitoral

    Investidores e analistas alertam para perspectiva de muita volatilidade ao longo dos próximos dias, com a proximidade do segundo turno das eleições no Brasil

    Ana Carolina Nunesdo CNN Brasil BusinessReuters

    O Ibovespa encerrou esta terça-feira (25) em queda de 1,2%, aos 114.625,59 pontos, marcando a segunda sessão seguida de baixa, após ter encerrado a última semana com valorização de 7%. O principal índice da bolsa brasileira se descolou de Wall Street e segue pressionado pelo cenário eleitoral doméstico.

    O dólar também encerrou em sua segunda alta na semana, com valorização de 0,37%, cotado a R$ 5,32, também impactado pela expectativa com as eleições no próximo domingo (30).

    A moeda norte-americana chegou a ser negociada a R$ 5,36 no pico do dia, pressionada por movimento de procura por risco exterior. No menor patamar do dia, atingido no início da tarde, o dólar chegou a cair 0,47%, a R$ 5,28, antes de recuperar o fôlego ao longo das últimas horas de negociação.

    A moeda norte-americana à vista fechou a última sessão em alta de 2,94%, a R$ 5,3012, maior valorização diária desde 22 de abril (+4,07%) e patamar de encerramento mais alto desde segunda-feira da semana passada (R$ 5,3014).

    O Banco Central realizou nesta sessão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de novembro de 2022.

    Cenário interno

    Analistas apontam que receios eleitorais domésticos impediram o dólar de fechar a sessão no vermelho frente ao real, e investidores alertavam para a perspectiva de muita volatilidade ao longo dos próximos dias.

    “Essa é uma das eleições mais conturbadas e mais acirradas da história do Brasil, então a gente não tem nenhum consenso sobre qual dos candidatos vai ganhar, e não sabe qual vai ser a postura fiscal do governo que ganhar”, disse Renan Mazzo, chefe de câmbio da SVN Investimentos. Em meio à incerteza na reta final da campanha presidencial, a semana “tende a mostrar uma volatilidade muito grande”, disse o especialista.

    Cenário externo

    O mercado externo se agarrava a esperanças de que o Federal Reserve desacelerará seu ritmo de aperto monetário no final deste ano, em meio a sinais de que o banco central norte-americano está tendo sucesso em sua tentativa de esfriar a economia e conter a inflação mais alta em décadas.

    Dados desta terça-feira mostraram que os preços das moradias nos EUA recuaram em agosto numa base mensal, enquanto a confiança do consumidor norte-americano piorou em outubro.

    Forneceu impulso adicional a ativos arriscados nesta terça-feira a redução da turbulência política no Reino Unido, um dos maiores centros financeiros do mundo, depois que Rishi Sunak se tornou o novo primeiro-ministro e reconduziu Jeremy Hunt ao cargo de ministro das Finanças.

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