Ibovespa fecha em alta puxada por consumo; dólar recua a R$ 5,14
Principal índice da B3 subiu 1,16%; enquanto moeda norte-americana desvalorizou 1,09%
O Ibovespa encerrou em alta de 1,16%, aos 113.028,15, nesta terça-feira (24), com ações de consumo na ponta positiva, entre elas Magazine Luiza, que saltou mais de 8%, e Natura&Co, que avançou 6,7%, enquanto petrolíferas ficaram na coluna negativa, conforme os preços do petróleo recuaram no exterior.
Já o dólar fechou em queda de 1,09% nesta terça-feira (24), cotado a R$ 5,142, marcando o segundo dia de recuo do moeda, apoiado pela entrada de recursos estrangeiros no Brasil, segundo agentes financeiros, e tendo estendido as perdas na parte da tarde junto com o enfraquecimento da moeda norte-americana no exterior.
O mercado também operou de olho na “prévia da inflação”, o IPCA-15, que subiu 0,55% em janeiro, enquanto o mercado esperava alta de 0,52% na comparação mensal. Com esse resultado, o índice desacelerou de 5,90% para 5,87% na variação dos últimos meses.
O debate em torno da meta de inflação está instalado no país. Ontem, na Argentina, Fernando Haddad corroborou o diagnóstico de Lula sobre o sistema brasileiro e disse que a discussão será feita com “tranquilidade”.
Em meio a esse debate, a curva de juros futuros tem se mostrado volátil. Subiu no dia anterior e hoje abriu mista nos diferentes vencimentos. A correção vai sendo feita na expectativa de uma Selic mais alta por mais tempo.
Já o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,01% na B3, a R$ 5,217.
Além do IPCA-15, o mercado segue acompanhando a viagem de Lula a Argentina. O presidente participa nesta terça da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e caribenhos e se encontra, entre outras pessoas, com o representante da União Europeia, para falar do acordo com o Mercosul, e também com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.
Esse encontro acontece depois de Lula ter anunciado a volta do BNDES como instrumento para financiar obras de empresas brasileiras no exterior. Na operação feita com Cuba e Venezuela, por exemplo, o Tesouro Nacional precisou bancar o calote dos dois países numa conta que chega a US$ 1 bilhão. Cuba segue inadimplente com o Brasil.
O Banco Central fez neste pregão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de março de 2023.
Na véspera, o dólar à vista fechou em queda de 0,18%, a R$ 5,199 na venda.
*Com informações de Thais Herédia e Reuters. Publicado por Ligia Tuon e Ana Carolina Nunes