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    Dólar cai a R$ 5,32 e Ibovespa se reaproxima do recorde, a 124 mil pontos

    Bolsa subiu 1,17% e teve a maior pontuação em mais de quatro meses

    Matheus Prado, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar encerrou esta segunda-feira em queda de 0,54%, cotado a R$ 5,327. Na B3, o Ibovespa teve um dia de fortes altas e encerrou o pregão com avanço de 1,17%, a 124.031,62. É a maior pontuação em mais de quatro meses, desde 8 de janeiro, quando o principal índice da bolsa brasileira fechou a 125.076,63 pontos e bateu seu recorde histórico. 

    O dia positivo acompanhou Wall Street, onde os principais índices acionários subiram, além de ter impulso, no Brasil, dos papéis do banco Inter (BIDI11), que saltaram 24,8% após um anúncio de acordo com a StoneCo que prevê investimentos de até R$ 2,5 bilhões. O Inter informou ainda que está perto de concluir estudos para reorganização societária para migrar sua base acionária para a Inter Platform, cujas ações pretende listar na Nasdaq.

    Localmente, investidores seguiam de olho na CPI da Pandemia e digeriam entrevista do ministro da Economia, Paulo Guedes, à Folha de S. Paulo. Ele afirmou que o governo pode “ir ao ataque” com medidas de transferência de renda ou assistencialistas para garantir a vitória na eleição de 2022.

    Globalmente, o mercado segue preocupado com a recuperação desigual das economias globais no pós-pandemia e, principalmente, com os riscos inflacionários que cercam os Estados Unidos.

    Voltando ao Brasil, a projeção do mercado para a inflação neste ano chegou praticamente ao teto da meta, com a perspectiva para o crescimento econômico também subindo na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central.

    O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2021 subiu de 5,15% para 5,24%, apenas 0,01 ponto percentual abaixo do teto da meta — 3,75%, com margem de 1,5 ponto para mais ou para menos.

    Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento melhorou para este ano, passando a 3,52% de 3,45% na semana anterior. Mas para o ano que vem houve queda a 2,30%, de 2,38%.

    A pesquisa com uma centena de economistas mostrou ainda que houve manutenção da perspectiva para a taxa básica de juros, com a Selic sendo calculada a 5,50% em 2021 e 6,50% em 2022.

    Lá fora

    As bolsas dos Estados Unidos subiram, com forte desempenho entre as empresas de tecnologia, conforme uma queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano ajudou a impulsionar o mercado acionário.

    Segundo dados preliminares, o Dow Jones fechou em alta de 0,52%, para 34.386,44 pontos, o S&P 500 avançou 0,97%, a 4.196,23 pontos, e o Nasdaq Composite teve alta de 1,38%, para 13.656,44 pontos.

    As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta após a última rodada de PMIs mostrar recuperação da atividade econômica nos EUA e na Europa. Investidores, porém, se mantêm cautelosos em meio a recentes surtos de Covid-19 em partes da Ásia e sinais de pressões inflacionárias.

    O japonês Nikkei subiu 0,17% em Tóquio hoje, a 28.364,61 pontos, e o chinês Xangai Composto avançou 0,31%, a 3.497,28 pontos, interrompendo uma sequência de três pregões negativos.

    O dia foi de ganhos também para o Shenzhen Composto – índice formado por empresas chinesas de menor valor de mercado -, com alta de 0,75%, a 2.337,26 pontos, e para o Taiex, que se valorizou 0,22% em Taiwan, a 16.338,29 pontos.

    Por outro lado, o Hang Seng caiu 0,16% em Hong Kong, a 28.412,26 pontos, e o sul-coreano Kospi recuou 0,38% em Seul, a 3.144,30 pontos.

    Na sexta-feira (21), índices de atividade econômica, os chamados PMIs, mostraram que as economias dos EUA, da zona do euro e do Reino Unido seguem se recuperando com força dos choques da Covid-19.

    A situação da pandemia na Ásia, contudo, inspira cautela, com números elevados de casos e mortes pela doença na Índia e o Japão se esforçando para conter focos do vírus antes da Olimpíada de Tóquio, que terá início em julho.

    Além disso, persistem temores de que a tendência global de avanço da inflação leve grandes bancos centrais a rever sua postura acomodatícia, e fortes quedas recentes do bitcoin, após a China prometer apertar o cerco a operações com moedas digitais, estão no radar.

    Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul hoje, impulsionada principalmente pelo setor de energia. O S&P/ASX 200 avançou 0,22% em Sydney, a 7.045,90 pontos. 

    *Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo

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