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    Ibovespa fecha em queda com Ômicron e orçamento no radar; dólar cai

    Moeda norte-americana encerrou o dia com desvalorização de 1,24%, cotada a R$ 5,668

    Da Reuters

    O Ibovespa caiu 0,24%, aos 105.243,72 pontos, na sessão desta quarta-feira (22). De forma geral, os investidores seguem atentos ao noticiário global sobre potenciais efeitos da Ômicron do coronavírus sobre as perspectivas para a economia mundial.

    O dólar aprofundou as perdas ainda nesta tarde, e fechou com queda de 1,24%, cotado a R$ 5,668 – a maior queda percentual diária em duas semanas. A moeda norte-americana acelerou a queda no exterior em meio a uma tomada de fôlego do apetite global por risco. O dia também teve menor liquidez à medida que o Natal se aproxima.

    No campo doméstico e na seara fiscal, os agentes financeiros também se debruçavam sobre o Orçamento de 2022, aprovado na véspera pelo Congresso – um dos principais guias da taxa de câmbio neste ano.

    O parecer do orçamento prevê que, após a aprovação das emendas constitucionais que alteraram a forma de pagamento dos precatórios, será criada uma margem fiscal para o próximo ano de R$ 113,1 bilhões, valor superior à estimativa do governo federal de R$ 106 bilhões.

    “Após o alargamento do teto de gastos e o não pagamento de precatórios, o Orçamento de 2022 parece crível, mas não será executado sem desafios”, disse a XP em nota.

    “Com a chegada das festas de fim de ano o mercado se encontra menos líquido e a aprovação do Orçamento de 2022 pelo Congresso gera incerteza entre os investidores”, dizem os analistas da Ativa.

    Sobe e desce da B3:

    Maiores altas

    • Getnet (GETT11) +23,40%
    • Banco Pan (BPAN4) +8,32%
    • Méliuz (CASH3) +6,45%
    • Grupo Soma (SOMA3) +3,08%
    • Embraer (EMBR3) +2,29%

    Maiores baixas

    • Rede D’Or (RDOR3) -5,45%
    • Magazine Luiza (MGLU3) -4,05%
    • Grupo Natura (NTCO3) -4,02%
    • Hapvida (HAPV3) -3,24%
    • Intermédica (GNDNI3) -2,53%

    Moeda norte-americana

    O clima mais ameno no exterior, onde os ativos financeiros ganharam terreno na parte da tarde, foi decisivo para que o dólar aprofundasse as quedas por aqui. A menor liquidez, típica de fim de ano, exacerbou os movimentos.

    Ao mesmo tempo, o Banco Central proveu dólares ao mercado. A autoridade monetária vendeu o lote integral ofertado de US$ 700 milhões em swaps cambiais “novos” e, posteriormente, adiou o vencimento de US$ 731 milhões nesses derivativos.

    “Não estamos tendo uma pressão no número de fatalidades por causa da Ômicron, então isso tira uma parte do peso do mercado”, disse Marco Caruso, economista-chefe do Banco Original.

    Impulsionado pelo esperado aperto da política monetária dos EUA em 2022 e pela expectativa de diferencial de crescimento econômico a favor dos norte-americanos, Caruso projeta dólar de R$ 6,15 ao fim do ano que vem, valorização nominal de 8,50% ante o fechamento desta quarta.

    Na véspera, o dólar fechou com queda de 0,10%, a US$ 5,739 na venda. Em dezembro, o dólar acumula alta de 0,45%, elevando os ganhos em 2021 a 9,07%.

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