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    Dólar fecha abaixo de R$ 5 pela 1ª vez em um ano; Ibovespa cai com ata do Copom

    O mercado também monitora a sanção da MP da Eletrobras pelo presidente Jair Bolsonaro e a falta de vacinas em algumas cidades brasileiras

    Matheus Prado, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar encerrou abaixo dos R$ 5 pela primeira vez em mais de um ano. A última vez que isso tinha acontecido foi em 10 de junho, quando a moeda americana encerrou o pregão cotado em R$ 4,9398. Na sessão desta terça-feira, a divisa recuou 1,12% para R$ 4,9662.

    O desempenho da moeda americana reflete o otimismo dos investidores com o avanço da capitalização da Eletrobras — o que indica que a agenda de desestatização do governo está andando — e após declarações do presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em Nova York, John Williams, de que a inflação dos EUA vai cair em 2022.

    Já na B3, o Ibovespa fechou o pregão em queda de 0,38% em 128.767 pontos. O recuo se deu depois que o Banco Central sinalizou um ciclo de cortes na taxa básica de juros do país, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Nem mesmo o otimismo da autoridade monetária com a recuperação no segundo semestre foi suficiente inverter a tendência do índice, já que o avanço depende dos “efeitos da vacinação […] de forma mais abrangente”. 

    Como já indicado no comunicado da decisão de política monetária que elevou a Selic de 3,5% ao ano para 4,25% a.a, o Copom deixou a porta aberta para uma alta ainda maior na próxima reunião, que acontecerá em agosto. 

    Os investidores também aguardaram ansiosamente a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, em uma audiência no Congresso americano. Ele reiterou sua avaliação de que o recente avanço da inflação dos EUA ao maior nível em 13 anos acabará sendo temporário.

    Lá fora

    O índice Nasdaq encerrou em máxima recorde nesta terça-feira, impulsionado pelas ações de Amazon, Microsoft e outras empresas de tecnologia de ponta, enquanto investidores mudaram seu foco para ações de crescimento.

    O valor de mercado da Microsoft ultrapassou US$ 2 trilhões pela primeira vez, enquanto Apple, Facebook e Amazon também valorizaram-se.

    Segundo dados preliminares, o Dow Jones subiu 0,2%, encerrando aos 33.945,71 pontos, enquanto o S&P 500 valorizou-se 0,51%, aos 4.246,46 pontos. O Nasdaq teve alta de 0,79%, aos 14.253,27 pontos.

    As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta seguindo Wall Street, que ontem se recuperou da sinalização do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de que poderá retirar estímulos monetários antes do esperado.

    O índice japonês Nikkei liderou os ganhos na Ásia hoje, com valorização de 3,12% em Tóquio, a 28.884,13 pontos, revertendo quase toda a queda de segunda-feira. Já o sul-coreano Kospi avançou 0,71% em Seul, a 3.263,88 pontos, e o Taiex registrou alta marginal de 0,07% em Taiwan, a 17.075,55 pontos.

    O dia também foi de ganhos na China continental: o Xangai Composto subiu 0,80%, a 3.557,41 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 0,51%, a 2.408,41 pontos. Exceção, o Hang Seng caiu 0,63% em Hong Kong, a 28.309,76 pontos.

    O apetite por risco predominou na região asiática após as bolsas de Nova York se recuperarem com vigor ontem de perdas que sofreram na semana passada quando o Fed indicou que seu primeiro aumento de juros poderá vir em 2023, e não mais em 2024, em meio à recuperação econômica dos EUA e o salto da inflação no país, que já superou de longe a meta oficial de 2% do BC americano.

    Já na Oceania, a bolsa australiana teve hoje seu melhor desempenho desde 1º de março, apagando a maior parte das perdas da sessão anterior. O S&P/ASX 200 avançou 1,48% em Sydney, a 7.342,20 pontos, impulsionado por ações de bancos e de mineradoras. 

    *Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo

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