Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Dólar sobe e Ibovespa fecha em queda após anúncio do Fed

    Decisões do Fed e do Copom, MP da Eletrobras e vencimento de opções movimentaram o dia

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O Ibovespa fechou em queda e o dólar subiu após o Federal Reserve adiantar para 2023 suas projeções para primeira alta dos juros nos Estados Unidos pós-pandemia de Covid-19, citando melhora na situação sanitária e excluindo uma referência de que a crise estava pesando sobre a economia.

    O dólar teve alta de 0,29%, a R$ 5,0562. Mais cedo, a moeda norte-americana chegou a tocar R$ 4,9926 na mínima intradiária, queda de 0,97%.

    Na B3, o movimento de queda ganhou força depois do anúncio do Fed e o Ibovespa caiu 0,64%, para 129.259 pontos. 

    O mercado ainda aguarda decisão do Copom, marcada para às 18h. O Comitê deve anunciar mais um reajuste à taxa Selic para tentar conter o avanço da inflação. Resta saber se de 0,75 p.p. ou 1 ponto.

    A perspectiva de um posicionamento mais duro da autarquia tende a favorecer a moeda doméstica, segundo especialistas.

    Investidores também olhavam para a MP da Eletrobras, que deve ser votada no Senado mas ainda não é um consenso entre os parlamentares, e para os vencimentos de opções sobre Ibovespa e Ibovespa Futuro. 

    O mercado também olha para o aumento do valor médio do Bolsa Família para R$ 300 a partir de dezembro. 

    Destaques da Bolsa 

    Os papéis da Vale (VALE3) caíram 3% depois que os futuros do minério de ferro recuaram na China. Além disso, credores da Samarco entraram na Justiça contra financiamento adicional de R$ 1,2 bilhão da Vale e da BHP, sócias na Samarco.

    As ações do Banco Inter (BIDI11) avançaram 5,49% depois do anúncio de follow-on de até R$ 5,5 bilhões. O conselho de administração da empresa aprovou uma oferta subsequente de ações que terá a Stone como principal investidor, colocando R$ 2,5 bilhões na operação. 

    As ações da B3 (B3SA3) subiram 1,44%, engatando mais uma sessão de recuperação, após sofrer recentemente com ruídos envolvendo um eventual novo competidor, bem como alguma acomodação nos volumes de negociação de ações.

    A maior queda foi da Gerdau (GGBR4), que caiu 5,1% após queda no minério de ferro. O setor todo foi afetado, com CSN (CSNA3) recuando 4,72% e Usiminas (USIM5) caindo 2,58%.

    Lá fora

    Todos os três principais índices de Wall Street caríam nesta quarta-feira, com as quedas se acentuando minutos depois que o Federal Reserve publicou o comunicado de sua reunião de política monetária.

    O Dow Jones caiu 0,77%, a 34.033 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,54%, a 4.223 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,23%, a 14.039 pontos.

    As ações europeias fecharam em máxima recorde nesta quarta-feira, apesar da cautela antes da reunião do Federal Reserve.

    O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,21%, a 1.774 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,23%, a um pico histórico de 459,86 pontos, em sua nona sessão de ganhos e marcando a mais longa série de altas consecutivas em três anos e meio.

    As ações de viagens e lazer, serviços públicos e do setor químico tiveram o melhor desempenho, já que os investidores estão apostando em um aumento na demanda do consumidor e na produção industrial. Mas os bancos caíram 0,9% com perdas nas ações no Banco Sabadell, Santander e Caixabank, depois de a agência reguladora de competições da Espanha abrir investigação sobre possíveis práticas anticompetitivas no marketing de empréstimos apoiados pelo Estado durante a pandemia.

    Já as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa com investidores demonstrando cautela também esperando a reunião do Federal Reserve. 

    O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,51% em Tóquio nesta quarta, a 29.291,01 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,70% em Hong Kong, a 28.436,84 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,37% em Taiwan, a 17.307,86 pontos.

    Na China continental, os mercados também ficaram no vermelho nesta quarta-feira, pressionados por ações de montadoras, mineradoras e ligadas à energia renovável. O Xangai Composto recuou 1,07%, a 3.518,33 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda mais expressiva, de 2,32%, a 2.332,41 pontos.

    No começo da madrugada, autoridades chinesas revelaram que planejam liberar lotes de cobre, alumínio, zinco e outras reservas nacionais no futuro próximo, numa tentativa de conter a tendência de forte alta nos preços de commodities, à medida que a economia global se recupera dos efeitos da pandemia de Covid-19.

    Também foram divulgados os últimos números da indústria e varejo da China, mas os dados saíram com horas de atraso, quando as bolsas locais já estavam fechando. Em maio, a produção industrial chinesa teve expansão anual de 8,8%, como se previa, enquanto as vendas no varejo saltaram 12,4%, mas ficaram abaixo da projeção de alta de 13,6%.

    Exceção na Ásia, o sul-coreano Kospi subiu 0,62% em Seul, para a nova máxima histórica de 3.278,68 pontos e acumulando ganhos por cinco pregões consecutivos.

    Na Oceania, a bolsa australiana subiu apenas marginalmente hoje, mas garantiu novo fechamento recorde. O S&P/ASX 200 mostrou leve avanço de 0,09% em Sydney, ao patamar inédito de 7.386,20 pontos, embora tenha perdido força com o plano chinês de liberar reservas de metais. 

    *Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo

    Tópicos