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    Ibovespa sobe e dólar fecha estável após inflação acima da esperada nos EUA

    O índice de preços ao consumidor aumentou 0,6% em maio após alta de 0,8% em abril, a maior subida desde junho de 2009

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar teve leve queda contra o real nesta quinta-feira, com os investidores praticamente ignorando dados norte-americanos de inflação mais altos do que o esperado, enquanto a perspectiva de aumento de juros no Brasil continuava sob os holofotes.

    O dólar à vista cedeu 0,07% contra o real, a R$ 5,0669 na venda. No decorrer do pregão, a moeda chegou a tocar 5,0329 reais na mínima, queda de 0,74%, e 5,0930 na máxima, alta de 0,45%.

    Na B3, o Ibovespa teve sessão de altos e baixos, mas conseguiu firmar alta e se manter acima dos 130 mil pontos. O índice subiu 0,13%, para 130.076 pontos. 

    As ações da Embraer (EMBR3) dispararam 15,61% e foram o grande destaque do dia após a companhia confirmar em fato relevante que negocia a venda da sua subsidiária Eve.

    A pauta hoje foi o cenário externo.

    Investidores digeriam o resultado da inflação dos EUA para o mês de maio. O Departamento do Trabalho informou que seu índice de preços ao consumidor aumentou 0,6% no período, após alta de 0,8% em abril, o maior ganho desde junho de 2009.

    No acumulado de 12 meses até maio, o CPI acelerou 5,0%. Esse foi o maior aumento ano a ano desde agosto de 2008, seguido de um aumento de 4,2% em abril. O salto refletiu em parte a queda das leituras fracas da última primavera do cálculo. Espera-se que esses chamados efeitos de base se estabilizem em junho.

    Economistas previam que o índice aumentaria 0,4% em maio e saltaria 4,7% no comparativo anual. A inflação também pode ser impulsionada pelos empregadores que aumentam os salários enquanto competem pelos escassos trabalhadores, apesar do emprego ainda estar 7,6 milhões abaixo do pico em fevereiro de 2020. Há um recorde de 9,3 milhões de empregos não preenchidos.

    Desde o começo da semana, havia muita expectativa para o índice. Nos últimos meses, cresceram temores de que a tendência de alta da inflação global, resultado do processo de retomada da economia mundial, leve grandes bancos centrais a reverter antes do previsto as agressivas medidas de estímulo monetário que adotaram em reação à pandemia de Covid-19.

    Os últimos números da China, publicados nesta semana, também mostram aceleração dos preços locais. A inflação anual ao produtor, por exemplo, saltou para 9% em maio, alcançando o maior patamar em quase 13 anos.

    Na Europa, o Banco Central Europeu manteve seu estímulos elevados, temendo que qualquer recuo agora acelere um aumento já preocupante nos custos de empréstimos e sufoque a recuperação que está à caminho.

    Lá fora

    As ações em Wall Street fecharam mais altas nesta quinta-feira, com o índice S&P 500 atingindo um recorde de fechamento, conforme dados econômicos pareciam apoiar a afirmação do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) de que a atual onda de inflação elevada será temporária.

    Todos os três principais índices acionários avançaram, com as ações de empresas de grande capitalização, líderes de mercado, colocando o Nasdaq na frente. Mas os segmentos de transportes, economicamente sensíveis, e “smallcaps” encerraram a sessão em território negativo.

    O Dow Jones teve oscilação positiva de 0,06%, aos 34.466 pontos e o S&P 500 teve alta de 0,47%, aos 4.239 pontos. O índice Nasdaq ganhou 0,78%, aos 14.020 pontos.

    As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quinta-feira (10) à espera de dados de inflação dos EUA que podem influenciar a direção da política monetária da maior economia do mundo.

    O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,34% em Tóquio hoje, a 28.958,56 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,26% em Seul, a 3.224,64 pontos, e o Taiex registrou ganho de 1,14% em Taiwan, a 17.159,22 pontos.

    Na China continental, os mercados também ficaram no azul, impulsionados por ações de montadoras e ligadas à energia renovável. O Xangai Composto se valorizou 0,54%, a 3.610,86 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 1,09%, a 2.422,58 pontos.

    Já o Hang Seng ficou praticamente estável em Hong Kong, com perda marginal de 0,01%, a 28.738,88 pontos.

    Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o tom positivo da Ásia e terminou o pregão desta quinta-feira com novo recorde. O S&P/ASX 200 avançou 0,44% em Sydney, ao nível inédito de 7.302,50 pontos. 

    *Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo

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