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    Bolsa respira, e dólar cai após Bolsonaro dizer que não quer agredir Poderes

    Investidores digeriram ainda o resultado do IPCA, que desacelerou para 0,87% em agosto mas, ainda assim, é o maior valor para o mês desde o ano 2000

    Matheus Pradodo CNN Brasil Business* São Paulo

    O dólar virou no final da sessão de quinta-feira (9) e fechou em queda ante o real após o presidente Jair Bolsonaro dizer que não quer agredir os Poderes.

    A moeda também realizou movimento de ajuste após registrar na véspera sua maior valorização diária em mais de um ano, mas seguia próximo dos R$ 5,30 em meio à grande tensão institucional doméstica e temores sobre mobilizações de caminhoneiros.

    Ao final da sessão, a divisa norte-americana recuava 1,85%, a R$ 5,2270. Na véspera, o dólar à vista saltou 2,84% no fechamento, para R$ 5,3236, sua maior valorização percentual diária desde 24 de junho de 2020 (+3,33%).

    Na mesma linha, o Ibovespa se acalmou no final do dia após sessão volátil, recuperando parte do tombo de 3,7% do pregão anterior. O índice subiu 1,66%, aos 115.291 pontos.

     

    Durante o dia, investidores digeriram ainda o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que desacelerou para 0,87% em agosto ante 0,96% no mês anterior, mas, ainda assim, é o maior valor para o mês desde o ano 2000.

    Com isso, o indicador acumula altas de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (8,99%), de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (9). Em agosto do ano passado, a variação mensal foi de 0,24%.

    “Os mercados seguem acompanhando as repercussões do tensionamento no cenário político”, afirmou a XP Investimentos, ressaltando que o clima pesado entre os Poderes torna a agenda econômica do governo mais desafiadora.

    Em pronunciamento nessa manhã, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, disse que Bolsonaro descumpre a palavra dada ao manter o que chamou de “campanha insidiosa” contra sistema eleitoral.

    Lá fora, o mercado avaliou a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de reduzir ligeiramente suas compras de títulos de emergência ao longo do próximo trimestre. Trata-se de um passo simbólico para desfazer a ajuda econômica de emergência que sustentou o bloco durante a pandemia.

    Em Wall Street, os principais índices fecharam em queda depois de dados mostrarem queda nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos para mínima em quase 18 meses.

    *Com Reuters

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