Ibovespa fecha em alta com mercado de olho no legislativo; dólar sobe
O câmbio reflete um tom mais cauteloso no exterior na parte da tarde, estimulando compras depois de dois dias de quedas do dólar
O dólar à vista subiu 0,25%, a R$ 5,3695 na venda. A cotação variou entre alta de 0,72% (a R$ 5,395) e queda de 0,65% (para R$ 5,3214). O resultado reflete um tom mais cauteloso no exterior na parte da tarde, estimulando compras depois de dois dias de quedas da moeda.
Na B3, manteve a tendência de alta desde o início do pregão e fechou o dia com alta de 1,26%, para 119.724 pontos.
Destaque para as ações do BTG Pactual (BPAC11), que avançavam 7,73% e lideraram as altas do Ibovespa, seguidas por Braskem (BRKM5), que subiu 6,22% e por Multiplan (MULT3), com alta de 5,63%.
Depois de avançar 6,77% na véspera, as ações da Totvs (TOTS3) caíram 2,2% e lideraram as perdas do índice.
Internamente, o mercado avaliava o início da gestão de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) à frente do legislativo. A expectativa é que os dois consigam destravar a agenda do governo.
No mercado externo, investidores demonstram otimismo com a estabilização dos negócios em Wall Street e o início da temporada de balanços.
Lá fora
O S&P 500 e o Dow Jones fecharam em leve alta nesta quarta-feira depois de fortes resultados trimestrais de Alphabet e Amazon, enquanto os investidores contavam com mais estímulo fiscal para ajudar a recuperação econômica.
O Dow Jones subiu 0,12%, para 30.723 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,10%, para 3.830 pontos, e o Nasdaq Composite caiu 0,02%, para 13.610 pontos.
As ações italianas registraram a melhor sessão em quatro semanas nesta quarta-feira, depois que o ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) Mario Draghi aceitou a tarefa de formar um novo governo.
O índice FTSE MIB de Milão fechou em alta de 2,1%, enquanto os yields dos títulos de dez anos da Itália despencaram.
No índice pan-europeu STOXX 600, a Daimler foi o principal impulso depois de a empresa revelar planos para desmembrar seu negócio de caminhões. Os papéis da companhia subiram 8,9%, enquanto o índice mais amplo valorizou-se 0,3% na sessão.
O DAX da Alemanha subiu 0,7%, atingindo o maior nível em duas semanas.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira (3), na esteira de mais um dia de ganhos em Nova York. As chinesas, por outro lado, caíram após a divulgação de dados fracos de atividade da segunda maior economia do mundo.
O índice japonês Nikkei subiu 1% em Tóquio hoje, a 28.646,50 pontos, impulsionado por ações financeiras e de seguradoras, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,06% em Seul, a 3.129,68 pontos, o Hang Seng teve modesta valorização de 0,20% em Hong Kong, a 29.307,46 pontos, e o Taiex registrou ganho marginal de 0,07% em Taiwan, a 15.771,32 pontos.
O viés positivo na Ásia veio depois de as bolsas de Nova York subirem ontem pelo segundo dia consecutivo, após amargarem fortes perdas na última semana em meio a ataques especulativos.
Além de a especulação ter perdido força de lá para cá, investidores em Wall Street e em outras partes do mundo estão mais esperançosos de que o governo Biden avance em negociações com a oposição republicana para o lançamento de um novo pacote fiscal em reação à pandemia de Covid-19.
Na China continental, por outro lado, os mercados ficaram no vermelho após dados de atividade econômica (PMIs) indicarem que o gigante asiático está crescendo em ritmo mais fraco.
O PMI de serviços chinês diminuiu de 56,3 em dezembro para 52 em janeiro, atingindo o menor nível em nove meses, embora tenha se mantido acima da marca de 50 que indica expansão, segundo pesquisa da IHS Markit em parceria com a Caixin Media. O PMI composto, que abrange serviços e indústria, caiu de 55,8 para 52,2 no mesmo período.
A bolsa de Xangai recuou 0,46% nesta quarta, a 3.517,31 pontos, e a de Shenzhen caiu 0,87%, a 2.380,79 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana teve ganhos pelo terceiro pregão seguido, com alta de 0,92% do S&P/ASX em Sydney, a 6.824,60 pontos.
(*Com informações de Estadão Conteúdo e Reuters)