Ibovespa fecha em queda de 2,58% com receio fiscal; dólar sobe a R$ 5,38
Principal índice da B3 também teve maioria de seus ativos em queda, enquanto agentes financeiros continuam atentos a negociações para aumentar o espaço para gastos públicos em 2023
O Ibovespa encerrou esta quarta-feira (16) em queda de 2,58%, aos 110.227,41 pontos, mais uma vez pressionado por preocupações sobre o desfecho envolvendo a PEC da Transição e rumores a respeito da equipe econômica do governo eleito. No pior momento, chegou a registrar perdas de 3,49%.
O principal índice da B3 também teve maioria de seus ativos em queda, enquanto agentes financeiros continuam atentos a negociações para aumentar o espaço para gastos públicos em 2023.
O dólar fechou em alta de 1,5% nesta quarta-feira, cotado a R$ 5,382, com investidores buscando proteção conforme aguardavam definições sobre os gastos extra-teto que serão incluídos na PEC da Transição e o tempo de vigência das exceções, em meio ainda a receios externos na esteira de dados econômicos norte-americanos mais fortes do que o esperado.
A moeda norte-americana chegou a saltar 1,83% na máxima do dia, a R$ 5,399.
Na segunda-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,81%, a 113.161,28 pontos, mas chegou a superar os 114 mil pontos na máxima do dia, em meio a ajustes e com notícias sinalizando um tom mais conservador quanto à PEC da Transição.
Mas sem novidades de fato sobre a PEC – principalmente o valor que ficará fora da regra do teto de gastos e a duração da PEC – os receios voltaram a prevalecer, com silêncio sobre a equipe econômica do novo governo também adicionando desconforto.
“O mercado seguirá extremamente sensível a este tema”, afirmou Dan Kawa, diretor de investimentos da TAG Investimentos, referindo-se à PEC.
No exterior, o clima também não era dos mais favoráveis, com queda de bolsas na Europa e fraqueza em Wall Street, além de recuo dos preços do petróleo. Na contramão, o minério de ferro voltou a fechar em alta na China.
As ações da Hapvida registraram a maior queda, 10,94%, cotadas à R$ 5,7. Em seguida, a Americanas marcava perda de 9,81%, valendo R$ 11,31.
Na outra ponta, a Embraer liderou as altas, com valorização de 9,94% aos R$ 14,38, seguida pela Bradespar, com alta de 2,16%, cotada a R$ 27,48.