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    IPOs no mundo enfrentam dúvidas com crise bancária e medo de recessão

    Desaceleração de planos para abrir capital pelas empresas deve resultar em taxas mais baixas para bancos de investimento

    Por Pablo Mayo Cerqueiro e Echo Wang e Elisa Anzolin, da Reuters

    Uma crise bancária e os temores de uma recessão têm diminuído as perspectivas para as ofertas públicas iniciais (IPOs) este ano, levando empresas a desacelerar seus planos de abrir capital, o que deve resultar em taxas mais baixas para bancos de investimento.

    Apesar de uma recuperação na captação de recursos e na atividade de negociação em bloco, o volume acumulado de IPOs no ano chegou ao patamar mais baixo desde 2019. As flutuações do mercado acionário em todo o mundo levantaram quase US$ 26 bilhões até agora, de acordo com dados da Dealogic.

    O desempenho fraco de alguns IPOs, incluindo o do provedor alemão de hospedagem na web Ionos, combinado com a liquidação no mercado de ações desencadeada pelo colapso do Silicon Valley Bank, tem forçado várias empresas a adiar os planos para sua primeira venda de ações.

    Conselheiros de mercado de capitais de ações (ECM, na sigla em inglês), contudo, estão otimistas com a previsão de uma recuperação na atividade de listagem no segundo semestre do ano.

    Nos Estados Unidos, o volume de IPOs saltou mais de 50% em relação ao quarto trimestre de 2022, mas ainda um recuo de 11% em comparação com o mesmo período no ano passado.

    Os IPOs retomaram fôlego brevemente em fevereiro, quando companhias como a empresa de tecnologia solar Nextracker e o fabricante de sensores chinês Hesai Group avançaram com suas listagens.

    “Falando de forma realista, estamos olhando para a segunda metade do ano como ponto de partida (para uma reabertura do mercado de IPO)”, disse Keith Canton, chefe de ECM para as Américas do JPMorgan Chase&Co.

    Um ponto positivo para os IPOs é o setor de transição energética, onde espera-se que o fluxo de projetos continue robusto, de acordo com os banqueiros de IPO.

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