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    Indicador de registros de inadimplentes sobe 3,3% em agosto, diz Boa Vista

    Alta foi a sexta seguida do indicador, indicando que taxa de inadimplência com recursos livres não deve sustentar estabilidade

    Sofia Aguiar, do Estadão Conteúdo

    Os registros de inadimplentes subiram 3,3% em agosto na comparação mensal dos dados dessazonalizados, apontam dados nacionais da Boa Vista. O aumento representou a sexta alta consecutiva no indicador, e sugere que a estabilidade observada na taxa de inadimplência com recursos livres às famílias em julho não deve se sustentar a longo prazo.

    No mesmo sentido, a média móvel trimestral encerrada em agosto (dados dessazonalizados) avançou 9,1%, após ter aumentado 8,9% no trimestre encerrado em julho.

    De acordo com o levantamento, na comparação interanual, o número de registros caiu 4,8%. Contudo, isso não impediu uma desaceleração nos resultados acumulados.

    No ano, a queda de 8,8% até julho passou para -8,4% em agosto e, na variação acumulada em 12 meses, a tendência de baixa desacelerou de -16,4% para -15,3% no mesmo período.

    “A curva de longo prazo do indicador sugere que, após um ano atípico, de excessos em termos de fatores exógenos, como foram as postergações, os auxílios e até mesmo a pandemia, a inadimplência deve encerrar o ano em alta”, analisa a Boa Vista.

    Já o Indicador de Recuperação de Crédito subiu 5,4% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano anterior, fazendo com que a curva de longo prazo do indicador confirmasse sua permanência no campo positivo com variação de 1,5% na análise acumulada em 12 meses.

    No entanto, na variação mensal dos dados ajustados, a recuperação de crédito recuou 2,2%, enquanto no acumulado de 2021 o resultado passou de 3,4% em julho para 3,7% em agosto.

    Já a média móvel trimestral segue em recuo para o indicador de recuperação, passando de -4,0% em julho para -8,6% em agosto.

    O resultado representa pelo terceiro mês queda na média móvel trimestral. Na avaliação da Boa Vista, o número sugere que as famílias estão encontrando dificuldades em equilibrar suas dívidas.

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