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    Governo quer “Enem dos Concursos” a cada dois anos, diz ministra da Gestão

    Esther Dweck afirmou que o intervalo de dois anos entre as duas provas é necessário por toda a logística que envolve o desenvolvimento e aplicação das provas

    Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação
    Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação Foto: Edu Andrade

    Marcos Amorozoda CNN

    Brasília

    A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou nesta quarta-feira (17) que o governo federal deve realizar o Concurso Público Nacional Unificado (CNPU) a cada dois anos para recompor o quadro de servidores públicos de todos os ministérios.

    “Ao longo deste e dos outros anos, vamos contemplar outros ministérios que não estão nessa primeira leva. A gente foi priorizando áreas que estavam muito desfalcadas e que não tiveram concursos recentes. A nossa expectativa é que o concurso seja de dois em dois anos para suprir toda a demanda”, afirmou a ministra no programa “Bom Dia, Ministra”.

    Conhecido como “Enem dos concursos”, o CNPU vai selecionar, de uma só vez, 6.640 servidores para 21 órgãos públicos federais (órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional). As inscrições estarão abertas entre 19 de janeiro e 9 de fevereiro.

    Esther Dweck afirmou que o intervalo de dois anos entre as duas provas é necessário por toda a logística que envolve o desenvolvimento e aplicação das provas. Além disso, o concurso que será aplicado neste ano tem validade de um ano prorrogável por mais um.

    “A gente só está conseguindo fazer esse processo num período de seis meses, entre a decisão e a realização, por conta do que a gente tem do Enem. O Enem foi uma grande escola de aprender fazer provas nesta dimensão e toda expertise está sendo aplicada no Concurso Nacional Unificado”, disse.

    A prova do dia 5 de maio será aplicada em 220 cidades, localizadas em todas as Unidades da Federação, com questões objetivas específicas e dissertativas por área de atuação. O MGI estima que o concurso unificado receba de 2 milhões a 3 milhões de inscritos.

    Segundo a ministra, a escolha dessas cidades foi estratégica para permitir uma maior participação da população brasileira e trazer diversidade para o serviço público.

    “Com esse concurso a gente vai ter uma burocracia com a cara do Brasil, com cada vez mais diversidade, com pessoas que possam discutir novas políticas públicas. São 220 cidades com quase 95% da população brasileira que está até 100 km de distância desses locais. Fica mais fácil para todo mundo fazer a prova”, apontou Dweck.

    O Ministério deve divulgar até o fim da semana uma parceria com o Banco do Brasil e os Correios para disponibilizar agências de atendimento nas 220 cidades onde as provas serão aplicadas para que a população com dúvidas ou sem acesso à internet possa se inscrever no CNPU.

    A divulgação dos resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e redações será no dia 3 de junho. Os resultados finais serão anunciados em 30 de julho. Em 5 de agosto terá início a etapa de convocação para posse e realização de cursos de formação.

    Como funciona o concurso

    O CPNU selecionará candidatos para 80 carreiras em mais de 20 órgãos públicos do governo federal, incluindo ministérios, fundações, agências reguladoras e institutos de pesquisa.

    A proposta é que os participantes paguem uma única taxa e possam concorrer a várias vagas em órgãos diferentes, mas dentro de uma mesma área de atuação.

    As inscrições serão de R$ 60 para o nível médio e de R$ 90 para o nível superior. Terão isenção da inscrição:

    Inscritos no CadÚnico
    Doares de medula óssea
    Quem foi ou é bolsista do Prouni
    Quem foi ou é inscrito junto ao Fies

    Há vagas para profissionais nos níveis médio, técnico e superior, com salários de até R$ 20 mil.

    As carreiras estão divididas em oito blocos temáticos. No ato da inscrição, o candidato escolhe um dos blocos e indica sua ordem de preferência entre as carreiras daquela opção, assim como os estudantes indicam a ordem de preferência das universidades.

    A prova conta com perguntas objetivas, comuns a todos os candidatos, e objetivas e dissertativas específicas do bloco escolhido.

    Distribuição de vagas

    São 6.640 vagas distribuídas em 21 órgãos federais. Confira as repartições com maior número de oportunidades:

    MGI — 1.480 vagas;
    Ministério do Trabalho e Emprego para auditor fiscal do trabalho — 900 vagas;
    Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) — 742 vagas;
    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — 620 vagas;
    Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) — 502 vagas
    Ministério da Saúde — 220 vagas

    Cotas

    De acordo com o ministério, serão reservados percentuais para cotas específicas no concurso:

    5% do total de vagas de cada um dos cargos a candidatos com deficiência;
    20% a candidatos negros; e
    30% das vagas para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para candidatos de origem indígena.