Fundador da FTX diz que não viu sinais de problemas na exchange
Bankman-Fried, que mora nas Bahamas, se recusou a comentar sua localização atual, citando preocupações de segurança
O fundador e ex-presidente-executivo da FTX, Sam Bankman-Fried, disse que expandiu seus negócios muito rápido e não percebeu sinais de problemas na exchange, cuja queda causou ondas de choque na indústria de criptomoedas, informou o New York Times nesta segunda-feira (14).
“Se eu estivesse um pouco mais concentrado no que estava fazendo, teria sido mais minucioso”, disse Bankman-Fried em entrevista ao jornal.
A FTX entrou com pedido de falência na sexta-feira (11), uma das maiores explosões de criptomoedas, depois que os traders correram para retirar US$ 6 bilhões da plataforma em apenas 72 horas e a exchange rival Binance abandonou um acordo de resgate proposto.
O Departamento de Justiça dos EUA, a Securities and Exchange Commission e a Commodity Futures Trading Commission estão agora investigando como a FTX lidou com os fundos dos clientes, disse uma fonte à Reuters.
Bankman-Fried, que mora nas Bahamas, se recusou a comentar sua localização atual, citando preocupações de segurança, disse o jornal.
Quando perguntado se a FTX usou fundos de clientes para sustentar a empresa de negociação Alameda Research que ele fundou, Bankman-Fried disse ao New York Times que a Alameda havia acumulado uma grande “posição de margem” na FTX.
“Era substancialmente maior do que eu pensava”, disse ele e acrescentou, sem fornecer detalhes, que o tamanho da posição estava na casa dos bilhões.
A Reuters informou na semana passada que Bankman-Fried havia transferido secretamente US$ 10 bilhões em fundos de clientes da FTX para a Alameda.
