Concessões de crédito apresentaram alta de 18,2% em 2021, aponta BC
Crescimento foi impulsionado principalmente pela contratação de crédito por pessoas físicas, diz a instituição
As concessões de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN) cresceram 18,2% em 2021, segundo dados do Relatório de Economia Bancária (REB), publicado nesta quinta-feira (06) pelo Banco Central do Brasil (BCB). A taxa de crescimento registrada em 2021 foi a maior na comparação anual da série iniciada em 2011.
“O crédito no Sistema Financeiro Nacional registrou em 2021 forte crescimento pelo segundo ano consecutivo, impulsionado, dessa vez, pelo segmento de pessoas físicas. Com o avanço da vacinação e a retomada da atividade econômica, observou-se expansão significativa das operações de crédito às pessoas físicas, tanto nas linhas de crédito livre como nas de crédito direcionado.”, aponta o Relatório.
Segundo o BC, o saldo total dos empréstimos e financiamentos cresceu 16,3% no ano passado, frente a uma expansão de 15,6% observada em 2020, alcançando o volume de R$ 4,7 trilhões. O valor representa 53,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
“Destaca-se, em particular, a expansão do crédito livre nesse segmento, inicialmente com operações de crédito consignado e financiamento de veículos, e depois, no segundo semestre, com crescimento intenso das operações de cartão de crédito à vista e de crédito pessoal não consignado”, destaca o Banco Central.
No segmento de crédito livre, por exemplo, as concessões pelo do cartão de crédito apresentaram crescimento de 27,5%, na modalidade à vista. Enquanto na modalidade do crédito consignado, as concessões caíram 1,6%, influenciado principalmente pela queda operações de consignados contratadas por aposentados, que caiu 17,9%).
Ainda segundo o Banco Central, no caso das pessoas jurídicas, após o término dos programas emergenciais de apoio a empresas, no início de 2021, foi registrado um aumento das operações no segmento de crédito livre. Durante a pandemia da Covid-19, o governo federal criou o BEm (Beneficio Emergencial), que funcionou como um programa que complementação de salários para manutenção do emprego e da renda dos trabalhadores formais