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    Com inflação mais fraca, UBS BB já vê IPCA abaixo de 5% em 2023

    Banco reduziu sua projeção para o ano para 4,9%, depois de o IBGE divulgar uma inflação baixa e mais fraca que o esperado em maio

    Juliana Eliasda CNN , São Paulo

    Após a divulgação de mais um resultado de inflação, em maio, baixo e mais fraco do que o esperado, o UBS BB revisou sua projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2023 e já vê o resultado abaixo de 5% ao final do ano.

    O IPCA variou 0,23% em maio e, em 12 meses, acumula 3,94%, depois de passar dos 12% no ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Com os dados, o UBS BB — que já vinha mais otimista que a maioria do mercado — reduziu ainda mais a sua projeção de IPCA para o fim deste ano, de 5% para 4,9%.

    A expectativa média de mercado para a inflação de 2023, captada semanalmente pelo Boletim Focus do Banco Central (BC), vem também passando por uma série de cortes e é atualmente de 5,7%.

    A meta de inflação para 2023 é de 3,25%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Assim, para ficar dentro da meta, o IPCA deve fechar o ano entre 1,75% e 4,75%.

    Entre as razões para contar com uma inflação mais baixa em 2023, o UBS BB cita o fato de os preços no atacado, com produtos como grãos e alimentos, estarem tendo quedas recordes.

    “Destacamos a performance recente do IPA [índice de preços no atacado da Fundação Getulio Vargas], que geralmente influencia, em algum grau, a inflação do IPCA”, diz o banco de investimentos, em relatório.

    “Depois de acumular alta de cerca de 40% entre 2020 e 2022, ele [IPA] está rodando atualmente em uma baixa histórica de -9%, sendo que os preços agrícolas estão em -12%. Vemos mais espaço para descompressão e esperamos que uma parcela dessas quedas deve chegar ao IPCA”.

    Apesar do otimismo com a melhora nos preços em 2023, o UBS BB mantém a sua projeção de IPCA para 2024 — de 3,5% — e, por essa razão, não altera as suas expectativas para a taxa Selic, hoje em 13,75%.

    O banco continua acreditando que o Banco Central começará a cortar a taxa básica de juros em setembro, até levá-la a 12,25% ao final de 2023.

    “O período relevante para a política monetária é 2024, o que ainda não mudou”, diz o relatório. “Essa expectativa só irá começar se a meta de inflação [para 2024] for confirmada em 3%, se o arcabouço fiscal for aprovado e se a inflação de curto prazo continua surpreendendo para baixo”.

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