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    Campos Neto sobre reunião com banqueiros: ‘Para pegar feedbacks dos juros altos’

    Chefe do BC disse acreditar que o pico inflacionário está perto, com melhora em 2022

    Anna Russido CNN Brasil Business , em Brasília

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a reunião com CEOs de bancos e instituições financeiras nesta sexta-feira (26) será para pegar feedbacks sobre os juros altos e cenário de crédito. Consta na agenda de Campos Neto uma videoconferência com dirigentes de instituições financeiras às 15h.

    “Um dos pontos que temos com a reunião de CEOs de bancos periodicamente para pegar feedback deles. Hoje, vai ser sobre o impacto dos juros altos e sobre a parte de crédito imobiliários. Esse feedback é sempre muito importante para nós”, disse em participação em evento virtual com empresas do mercado imobiliário, promovido pelo Secovi-SP.

    Segundo Campos Neto, uma das atuais preocupações do BC é a questão com a migração de saída dos consumidores e investidores da poupança, causada pelo movimento de alta da taxa de juros.

    “Acho que o desafio agora é ver como vai ser a saída desse aumento de demanda mais persistência, demanda e preço de energia. Vemos normalização de juros mundial e acho que a atenção tem que ser voltada para que essa normalização seja feita de forma organizar de modo que não atrapalhe de forma abrupta o fluxo dos emergentes”, afirmou.

    O chefe do BC disse acreditar que o pico inflacionário está perto, com melhora em 2022. “Esperávamos auge da inflação para setembro, mas os choques de energia vieram de forma consecutiva, surpreendendo a todos. Depois teve o ponto de que a gasolina. Esses elementos surpreenderam mais e espalhando nas cadeias. A gente acha que está perto, olhando 12 meses, do topo. Acreditamos que ano que vem teremos uma melhora”, completou.

    Preço caro por desvio pequeno

    Na avaliação de Campos Neto, a precificação do mercado em relação à mudança na regra do teto de gastos pela PEC dos precatórios foi muito cara por um desvio pequeno da consolidação fiscal. Apesar disso, ele admitiu que o mercado percebeu desorganização no endereçamento da proposta, bem como na reforma do Imposto de Renda.

    “Fica a sensação de que foi pago um preço muito caro por um desvio relativamente pequeno, até porque a arrecadação 2021 vai surpreender muito mais do que qualquer tipo de desvio. Temos uma gordura em 2022”, comentou.

    Ele ainda defendeu que, resolvida a questão do orçamento de 2022, o governo e a equipe econômica invistam em uma comunicação sobre qual será o arcabouço fiscal do Brasil daqui em diante. “Também é importante falar das medidas estruturantes e das reformas que precisamos continuar aprovando”, reforçou.

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